segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Tempos modernos, mentes alienadas.

Eu sou novo, tenho poucos anos de vida. Não sei o que é viver em um tempo de repressão. Um tempo, já antigo, onde as pessoas precisavam tomar cuidado com as palavras para não terem um fim precipitado. Onde se deveria concordar, ou ao menos, obedecer os que tinham “autoridade”, pois os que tinham, tudo podiam fazer com ela justificando.

Eu sou novo, não vivi mas estudei este tempo, assim como todas as futuras gerações estudarão este e o nosso tempo. Diferente do que eu penso, tenho medo do que meus filhos e netos irão pensar da época que eles não viveram. Eu sinto orgulho. Sinto orgulho por saber que antes, quando nem tudo era possível, as pessoas, os jovens, principalmente mostravam um jeito diferente, ousado e muito inteligente de protesto. Não aceitavam as ordens (estúpidas) que lhes eram dadas. Um tempo onde se dava valor à palavra, ou ao direito de tê-la e usá-la. Onde as músicas, além de arranjos, traziam um sentido, um protesto, uma mensagem de indignação. Onde o povo não gostava e não aceitava ser enganado. Onde o cabresto dava nojo, e o pedido de “Diretas” era feito por milhões. Onde a corrupção e os escândalos eram repugnados com “Caras Pintadas” em verde e amarelo, mostrando que o povo ama o Brasil e que não aceita que ninguém o faça de bobo, que ninguém o roube. Um tempo onde a voz, quando usada, fazia soar o certo, a vontade do acerto. Funcionava.

Hoje, parece que o povo aceita todo esse deboche, esta palhaçada, este crime. Vemos fraudes, roubos, escândalos. A corrupção é um sinônimo de política, praticamente. Nada é feito. E pior, ao invés de buscarmos a renovação, a troca, a expulsão destes “seres”, consentimos com tudo isso os mantendo no poder. Antes, sindicalistas, advogados, operários, estudantes, todos. Todos tinham a coragem de lutar contra o errado, o corrupto. O impeachment de Collor é o exemplo. Agora, com escândalos muito maiores, muito mais graves, com provas que toda a população tem acesso: gravações, grampos, etc. Nada fazemos.

Que orgulho eu teria de sair nas ruas protestando contra tudo isto. Que inveja eu tenho dos manifestantes dos anos 80 e 90. Eles foram os responsáveis pela mudança do país, a Democracia plena, com as “Diretas Já!”, pela limpeza da sujeira do Collor, com os “Caras pintadas”. Por fim, que vergonha eu ainda vou sentir, quando meu filho, estudando estas épocas, me perguntar, “Vocês não fizeram nada?” e eu responder, “Não e ainda elegemos eles de novo”.

Força “Ficha Limpa“, esse tem de ser teu ano.

O STF, é um órgão federal, é a maior força do Poder Judiciário nacional, composto por onze Ministros (juízes), nomeados pelo Presidente e insubstituíveis, havendo nova nomeação apenas quando um dos Ministros se aposenta ou falece.

Na noite de quinta-feira, mais precisamente na madrugada para sexta o Supremo Tribunal Federal suspendeu a sessão que julgava o recurso apresentado pelo candidato a Governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, com o intuito de invalidar, para esta eleição a Lei “Ficha Limpa”, que, caso entrasse em vigor este ano suspenderia sua candidatura.

Com a participação de dez Ministros, já que o Ministro Eros Grau aposentou-se em agosto deste ano e até então não houve nova nomeação, a votação poderia terminar empatada. Foi o que ocorreu. Cinco a cinco. O último voto, contrário, foi do presidente do STF, o Ministro Cezar Peluso, que em decisão conjunta resolveu suspender a sessão por tempo indeterminado. As alternativas possíveis para resolver a questão são bastante interessantes, a primeira, e ao meu entender a menos provável, é a de que o próprio presidente Peruso votasse novamente (Voto de Minérva). Outra seria manter a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), aceitar a aplicação da Lei já para estas eleições. Entretanto, a suspensão parece dirigir a resolução para as mãos do Presidente Lula, que deverá nomear o décimo primeiro Ministro, para que este desempate a votação.

O que mais me chamou a atenção foi a fala de um dos Ministros contrários à aplicação da Lei neste ano, o Ministro Gilmar Mendes, que argumentou seu voto afirmando que se fosse aprovada o vigor da Lei, poderia se fechar o STF, tendo em vista que a iniciativa popular “derrubaria” a constituição (artigo 16 da Constituição preza pela anualidade da Lei Eleitoral, sendo assim, a Lei “Ficha Limpa, aprovada neste ano só teria valia a partir das próximas eleições). Mas o fato é que se este não fosse um caso de grande interesse do povo, não estaria sendo levado ao STF a tentativa de exceção ao artigo. É para isso que existe o STF, para que em casos como este, seja válido o bom senso e não a forma fria da lei (do artigo).

Por fim, a maior prova da força do povo, se caso venha a falhar a Lei “Ficha Limpa” para 2010, seria a derrota nas urnas dos fichas-sujas. Espero, que o STF tome a decisão correta, que ao meu ver é a validação do vigor da Lei para estas eleições. Isto seria ao menos uma luz de esperança de que a justiça no Brasil não é totalmente cega, nem negligente com as questões que interessam à maioria, à nós, ao povo.

Toda semana é semana farroupilha.

Dia vinte de setembro está chegando novamente. Por mais que sejamos todos gaúchos é nesta época que o tradicionalismo aparece mais. Eu desde pequeno fui assíduo freqüentador do CTG Rincão de São Pedro. A saudade dos tempos de criança, onde corria no salão, e não estava nem aí para o que acontecia de sério, me veio à memória na quarta-feira à noite, quando vi meu primo, brincando com o primo de um grande amigo meu. O CTG é exatamente isso, além de ponto de encontro, seja das invernadas artísticas para os jovens, do jogo de bocha (antigamente e infelizmente) para os adultos e os mais velhos, dos rodeios crioulos, onde toda a família prestigiava, também é ponto de formação, repito no texto de hoje, que um Centro de Tradições Gaúchas preza pelos valores ideais, posso dizer que pelos próprios ideais farroupilhas, Liberdade, Igualdade e Fraternidade e Humanidade.

Desculpem-me as pessoas que não tiveram um CTG como segunda casa. Não quero dizer que essas pessoas não possuem esses valores, mas quero dizer que a grande maioria das pessoas que tiveram esse privilégio, com certeza tem esses valores. Quero desejar-lhes um ótimo dia vinte. Um “baita” sábado. Que aproveitem para viver a nossa cultura de forma plena, que o sentimento tradicionalista, o orgulho e a felicidade de cada gaúcho fique estampada, não só nesta semana, que se finda em dois dias, mas sim em todas as semanas, em todos os dias, em todas as nossas atitudes, sempre.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tartaruga em um poste.

Dentre um de seus atendimentos diários o médico de uma cidadezinha se deparou com um senhor que aparentava beirar a idade que o deixaria ter prioridade na fila do banco. Um velho gari que havia machucado sua mão de maneira que não me lembro agora para lhes contar, mas que ficou um bom tempo na companhia do doutor.

Durante o atendimento a conversa entre os dois não parecia fluir, tendo em vista que o grau de cultura entre os dois era como a amplitude térmica de um deserto. Entretanto o dia conspirava para que eles conversassem, entre alguns assuntos iniciados e rapidamente finalizados, os dois se depararam conversando sobre política, as eleições, os candidatos. Até que, como qualificando o atual momento das eleições, o velho gari instigou o pensamento do intelectual doutor:

- Pois é, doutor. O que eu vejo nisso tudo é a mesma coisa do que ver uma tartaruga em um poste.

O doutor, buscando algum significado para a comparação do velho, ficou sem entender e o perguntou o que significava uma tartaruga em um poste.

- É como se o senhor estivesse caminhando em uma estrada e se deparasse com um poste, lá em cima tem uma tartaruga, tentando se equilibrar, isso é uma tartaruga no poste.

Vendo a cara do médico, ainda de não entendimento, acrescentou:

- Você não entende como ela chegou lá; Você não acredita que ela esteja lá; Você sabe que ela não subiu lá sozinha; Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá; Você
sabe que ela não vai fazer absolutamente nada enquanto estiver lá; Você não entende porque a colocaram lá; Então, tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá e providenciar para que nunca mais suba, pois lá em cima definitivamente não é o seu lugar!

Esse texto é uma reedição de um que recebi via e-mail essa semana. Ele pode dizer muitas coisas, mas o que eu quero salientar, é que, se tratando de política, às vezes, pessoas com menos cultura, menos conhecimento, estudo, podem entender melhor a situação, e agir melhor diante dela do que uma pessoa melhor instruída. Estou falando de eleitores, candidato que não tem conhecimento, nunca vai entender nada e nunca vai agir melhor do que um bem preparado. Pense e aja corretamente.

Rio Grande mais vermelho (não é sobre o Internacional!).

O Rio Grande sempre foi visto no cenário nacional como sendo território de um povo que por natureza era diferente de todo o resto. Sendo na cultura, nas vestimentas, no jeito de falar, entre outros fatores que destoaram o gaúcho do restante dos brasileiros. Entretanto, o fator mais marcante da diferença do nosso estado sem dúvida foi (e, por enquanto, ainda é) a política gaúcha, da qual temos orgulho, e que parece ser o primeiro desses fatores que começa a perder sua tradição.

Ainda é, por sermos um estado de princípio agropecuário, em contrapartida possuímos grandes centros federais de estudos, que faz com que comecemos a mudar o ideal “anti-sem terra”, o ideal da pecuária, que caminha com o gaúcho desde os tempos farroupilhas para um ideal de “mudanças”. Ainda assim, a sua maioria segue contra a política de reforma agrária ferrenha, o que deixa nosso estado sendo o único em que nesta eleição marca a derrota do PT. A vitória petista é mais que certa no território nacional, no Rio Grande, apesar de Serra ser o candidato da maioria, tudo se encaixa para a volta do PT ao Piratini, o que parece uma grande contradição ao percebermos que Dilma, unida ao PMDB na disputa presidencial, somaria os votos de petistas e pmdbistas do RS fazendo com que Dilma também vencesse aqui.

A grande diferença que já está acontecendo, desde 2002, é a atenção, ou a grande atenção dada aos centros universitários, o que desde 2002 foi o “semear” do Partido dos Trabalhadores no nosso estado, além dos “donativos mensais” para os menos favorecidos, atividade que Lula era contra antes de ser Presidente (quando queria “ensinar a pescar ao invés de dar o peixe”). As sementes serão as mesmas nos próximos quatro anos, tanto que Lula estava ontem mesmo visitando e inaugurando obras na UFSM, muito provavelmente “acompanhado”. Com Dilma não será diferente, mais sementes serão lançadas, e cada vez mais, o Rio Grande perderá o ideal agro-pecuário, contrário a reforma, e com o passar do tempo, as próximas gerações de universitários seguirão este intuito petista, fazendo com que a nossa tradição passe a ser diferente do resto do país apenas (se é que será) na música, nas vestimentas e no jeito de falar. E o tal orgulho, quem sabe, nem exista mais. Torço apenas, para que nunca chamemos nossos antigos “heróis” de loucos. Se isso ocorrer, podem ter certeza de que loucos estarão os gaúchos, e o Rio Grande mais vermelho.

sábado, 28 de agosto de 2010

Tudo de novo e quase nada novo 2.0

Democracia. Esse era o tema que, mais ou menos uns quatro meses atrás, uma pessoa me pediu para “dar uma idéia”, uma opinião, para ela escrever um texto. Prontamente o fiz, escrevi em alguns minutos uma síntese do meu pensamento sobre a democracia atual, uma pena ter-se extraviado esse fragmento, nem que fosse pra me ajudar a colocar em ordem as palavras deste, que começo a escrever agora.

Em resumo, minha opinião baseia-se na idéia de que a nossa democracia é muito restrita para ser chamada de democracia, a representatividade, que aprendemos na escola, nos deixa um tanto quanto alienados, não por culpa nossa, ou só nossa, mas principalmente pelos tais representantes e seus partidos. Que insistem em mostrarem-se diferentes uns dos outros, prometendo melhorias que o outro candidato parece incapaz de realizar. Infelizmente isso nos envolve. Ficamos cegos contra, ou a favor de tal candidato/partido, quantas vezes ouvimos “Nunca vou votar no fulano!”, ou o bom e velho “Deus o livre eu votar em sicrano!”. Entretanto, esse olhar, esse pensamento não passa de mera ilusão, ou “cegueira”, alienação é a palavra mais correta. Todos os candidatos têm a capacidade de fazer um bom trabalho, é claro que tem a situação das classes, em que umas se sentem mais beneficiadas por um candidato ou por outro, isso é uma realidade, mas mesmo assim, nos temos dentro de nós um lado “partidário” bastante forte, mesmo não tendo ligação com partido algum, e nem ganhando nada com isso. Uma prova desse pensamento alienado é o exemplo que segue: quem de nós votaria num destes chamados “loucos”, de um partido de pouca expressão, que tivesse uma idéia totalmente radical, como a independência do Rio Grande. São poucos. Mesmo admitindo que quase todos os rio-grandenses gostariam da (ou ao menos um dia já pensaram na) emancipação do nosso pampa.

O mais incrível nisso tudo, é que mesmo admitindo que temos esse costume de democracia alienada, seguiremos com os nossos conceitos partidários, e iremos votar nos mesmos candidatos, repetiremos as mesmas frases. Eu sou jovem, não vivi nenhum outro período há não ser a nossa república presidencialista representativa. E às vezes me pergunto se não seria bom haver uma mudança, uma evolução na democracia. Talvez isso fosse a solução para a situação caótica de corrupção que presenciamos, e certamente para as que ainda não presenciamos. Enquanto isso, repito, vamos escolher bem os nossos representantes. Vamos nós, ao menos, fazer o nosso papel da melhor forma. Quem sabe isso seja um começo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Sem dúvida é o sentimento mais nobre.

Sempre nos perguntamos como será a nossa convivência com nossos amigos de hoje no futuro. Essa semana marcou bastante esse assunto, podendo ter sido a semana mais marcante de toda a minha vida em relação às amizades. Primeiro, pelo reconhecimento de uma amizade que ficou pra trás, e, segundo pela reflexão que, em uma conversa, me fez entender, pelo menos um pouco sobre as nossas relações de amizade.

Quando uma amizade perde força - uso esse termo porque para mim uma amizade (verdadeira) nunca termina – perde porque as pessoas envolvidas não têm tanto contato, quanto existia antes: uma delas foi morar em outro lugar ou, simplesmente, os horários de encontro não batem mais como os de antes; ou perde força pela ocasião de um fato que marque o “fim” deste período de convivência. Na primeira ocasião a saudade nos dá um aperto no peito, com uma força três vezes maior do que a da própria amizade, e faz tomar conta de nós uma felicidade em cada possível reencontro, o que prova que nunca ninguém vai tomar o espaço daquele amigo em nosso coração, cada amigo tem um espaço só seu, mas a vida segue tranqüila, pelo fato de aparecerem novos amigos, e estes novos amigos, por mais que não substituam os antigos, completam a nossa necessidade de carinho e afeto, que só os amigos podem nos oferecer. Eles se somam aos antigos, estando, neste período somente mais presentes em nossas vidas.

Já o segundo caso, o segundo tipo de “fim”, falso também, entretanto é o que se assemelha mais com um final de fato. Isto por que realmente ocorre um fato crucial no relacionamento entre amigos, que faz com que um se magoe, de forma tamanha que mesmo o perdão mais verdadeiro não consiga recuperar o que foi perdido. O problema deste “fim” é a saudade misturada com o fato ocorrido, esse misto acaba sendo uma ferida que não cicatriza, a ferida é o “fim” da amizade, e a saudade é o dedo que coça até tirar a casca. Este caso infelizmente muito difícil de resolver, por mais que pareça um fim, não é. “A amizade é um amor que nunca morre.” – Mário Quintana.

Por fim, voltando ao segundo caso, me atrevo a complementar este “baita” pensamento: Vegeta, mas nunca morre. Tenho a certeza de que estas amizades que “vegetam”, nunca morreram, e nem morrerão. Elas estão apenas esperando um novo reencontro para seguirem adiante. Um grande e terno abraço aos meus amigos de hoje, de ontem e aos que ainda virão.

Dependência de Internet.

Todos conhecemos as vantagens e a importância da internet. Uma grande parcela da população brasileira utiliza desse meio para trabalhos, comunicação, lazer, entre outras utilidades um tanto quanto absurdas, que o computador ligado a internet pode oferecer.

O problema maior é que estamos cada vez mais ligados a essas utilidades, tornando-nos escravos do computador, da internet. Claro que não é fácil admitir este vício, mas simplesmente acreditamos não ser tão apegados. Com toda a certeza eu acreditava que só ficava com o computador ligado todo o dia, mesmo sem estar usando, para caso alguém que quisesse falar comigo pudesse assim fazer. Pensava isso até esta semana, quando fiquei em Santa Maria de domingo à noite até sexta ao meio dia sem conectar-me, sem poder falar com as pessoas que falava quase todo o dia através da internet. E - Meu Deus! – que situação e que sensação foi a de passar este tempo sem internet. Parecia faltar algo, andava de um lado para o outro, sem saber o que fazer, fiquei muito perdido, até no tempo. É impressionante a falta que nos faz a internet, claro que não para todos nós, mas para quem está acostumado a não perder o contato, ou quem está acostumado ao contato constante não consegue ficar muito tempo sem este instrumento.

A idéia é, se eu, e minha geração, que teve contato com o computador próximo aos 10 anos de idade, mais talvez, imaginem os filhos desta geração e os próximos, cada vez mais interligados, e dependentes da internet. É óbvio que eu não estou falando nenhuma novidade nesse texto, mas falo isso não para ser novidade e sim por simplesmente ter me assustado o fato de eu poder perceber e admitir este impulso. Eu “preciso” que estar ao computador, estar na internet todos os dias, este é o meu pensamento, eu “tenho”. Daqui pra frente vou reavaliar o meu tempo no frente do computador, e com certeza todos nós teremos muito trabalho com as futuras gerações de internautas.

Tudo de novo e quase nada novo.

Entramos de vez no período eleitoral. Comitês com placas enormes, santinhos, bandeiras e camisetas já começam a decorar nossa cidade. Um pouco mais de tempo e talvez tenham os comícios, talvez não, já que não temos tantos eleitores, se é que vocês em entendem, uma cidade como a nossa é muito mais vantajoso, para um candidato “maior” se fazer presente na Femasp soltando beijos, sorrisos e abraços para pessoas que nunca viu na vida, aproveitando a “reunião do pessoal”. O carro de som, com aquela música chata, que de tão chata acaba impregnando na nossa mente a ponto de cantarolarmos ela sem nem perceber, depois de algumas vezes passar pelo tal carro.

Mais adiante ainda, seremos “agraciados” com as visitas desses candidatos, e de tantos outros, os quais nunca ouvimos falar e que também nunca ouviram falar de São Pedro, mesmo assim estarão lá, para o almoço e para a janta, através da propaganda gratuita. Que só serve mesmo pra que os eleitores conheçam os candidatos os quais “não atingem 1%” (que as pesquisas sempre indicam), candidatos esses, com os propósitos mais absurdos que se possa imaginar, dos partidos mais estranhos e por sua vez, mais pobres, eles não conhecem marqueteiro e não se elegeram ainda para desviarem dinheiro para campanha, e se não fossem as propagandas gratuitas, no rádio e na televisão, eles não teriam como serem vistos.

Entretanto, o que mais preocupa não são estes pobres loucos sonhadores, que acreditam nas suas próprias loucuras e ainda tem esperança de se tornarem comandantes da nação, mas sim os que realmente têm essa chance. Candidatos sem carisma, sem vontade, sem capacidade, sem uma série de requisitos que deveriam ser básicos para alguém a ocupar um cargo importante dentro do nosso país. Claro que não são todos, mas o povo teima em eleger exatamente estes. Desde quando deputado tem que saber se faz chuva ou sol? Tem de entender de time de futebol?

Esperamos políticos que se elejam por suas capacidades e não por feitos que não os qualificam para estes cargos. Queremos políticos honestos, e que possam e QUEIRAM fazer o melhor, não mais sanguessugas, que nos sorriem na campanha para que nós o ajudemos a conseguir receber um bom salário nos próximos quatro anos. Política não é profissão, nem teatro, mas infelizmente, tudo parece mais uma peça, com cenário, grandes atores, que encarnam um personagem muito bem, e com um público que não deveria gostar do roteiro, mas mesmo assim aplaude de pé. Todo ano eleitoral a mesma coisa, a mesma peça, as mesmas interpretações, a única coisa de novo, é um ator ou outro, que está começando, no lugar, normalmente, daqueles que cansaram, por serem o que todos deveriam ser

sábado, 31 de julho de 2010

Um pulinho na fronteira.

Não faz muito tempo que Santana do Livramento era um destino de poucos são-pedrenses e em poucas vezes no ano. Antes, se guardava dinheiro para comprar algo específico, um item que valia a pena se deslocar do centro do estado até a fronteira. O tempo foi passando e a ida ao Uruguai ficou cada vez mais comum e cada vez mais freqüente. Vinhos, Whiskys, Queijos, Eletrônicos, Artigos em lã e muito mais, muito mais barato. Estes são os principais fatores de intenso comércio da cidade, que recebe por dia milhares de compradores.

No nosso estado, todas as cidades conhecem Livramento, algumas mais que as outras têm o costume de ir com mais freqüência, mas a nossa, em especial me chamou muito a atenção. Esta terça-feira última estive em Rivera. Terça não era feriado em São Pedro, era um dia comum e mesmo assim um número bastante expressivo de são-pedrenses estava lá, que eu pude ver: vinte e nove. Acredito que ainda não devo ter visto todos. Mesmo assim, vinte e nove já é um número bastante significativo, para uma cidade que não chega a vinte mil habitantes. Lembra-me muito uma questão de física, mais precisamente de arremesso, já que cidades com muito mais habitantes, porém mais longes (ou até mais perto), ou as cidades menores, e mais próximas não vão à Rivera com um número como o nosso. A nossa cidade seria o arremesso a 45º.

Agora o que leva tanto nossa cidade até lá? Porque vamos tanto e com tanta intensidade ao Uruguai? Só penso numa resposta: São Pedro é uma cidade que gira muito dinheiro e que tem uma população bastante consumista, que felizmente pode consumir. Nossa cidade não é pobre como as outras, ao menos não tanto. Nossa cidade é motivo de orgulho. Pois proporciona á muitos, com trabalhos comuns, existentes em todas as outras cidades, o poder de compra, um bom poder de compra.

Santana do Livramento é logo ali, Rivera é logo ali e cada vez mais parece estar mais perto.

domingo, 25 de julho de 2010

Mais um trabalho para o bem.

Alguns dias atrás eu estive na Escola Estadual Hilda Koëtz, representando o LEO Clube, na solenidade de formatura a Primeira Turma de Alunos Guias, o projeto da escola “Trânsito Seguro”, que em conjunto com a Brigada Militar, com o apoio da Prefeitura, do Lions Clube e do LEO Clube tem como objetivo principal controlar o trânsito da Avenida Walter Jobim, no trecho em frente à escola, durante a entrada e saída dos alunos. Os Alunos Guias estarão dando informações aos motoristas, entregando panfletos, sempre destacando atitudes corriqueiras que são deveres de todo motorista, como não falar ao celular, não fumar, usar o cinto de segurança, respeitar o limite de velocidade no trecho, sempre acompanhados de um Policial Militar.

Entretanto, o mais importante deste projeto, além da conscientização do motorista, é a conscientização destes alunos que participarão do projeto. A melhor forma de um jovem ser conscientizado é ele saber o que deve ser feito e poder conscientizar, ou seja, eles terão de dar o exemplo, tanto como Alunos Guias como alunos dentro da escola, tendo que manter um bom desempenho no boletim, sem contar da boa educação, respeito tanto com os professores e funcionários da escola quanto aos demais colegas. Durante alguns instantes na solenidade, o Comandante da Brigada Militar da nossa cidade fez uso da palavra, e foi uma felicidade imensa ouvir que a Brigada Militar de São Pedro está trabalhando para qualificar um dos integrantes do efetivo, que além de qualificado, precisa se disponibilizar voluntariamente, para que assim possa voltar a ativa o Projeto PROERD (Programa Educacional de Resistência ás Drogas e a Violência). Este projeto, já foi comentado aqui nesta coluna como sendo um auxílio na formação de crianças e adolescentes tendo como objetivo afastá-las do meio das drogas e da violência.

Seria muito bom se a volta deste projeto fosse alcançada. Mas enquanto não o temos, vamos colaborar com o Pelotão Mirim, e com este novo projeto “Trânsito Seguro”, Que os motoristas de São Pedro dêem a atenção para os Alunos Guias, respeitem o direito que esses jovens conquistaram de conscientizar, ele se sentirá valorizado, e assim, terá com ele um valor pro resto de sua vida. Os jovens precisam receber confiança de quem os rodeia. Quem recebe confiança tenta, ao máximo nunca decepcionar. Quem não recebe confiança pode frustrar-se e seguir um caminho que não é o mais adequado, ou pior, um caminho que não é nada adequado.

sábado, 24 de julho de 2010

Mais um trabalho para o bem.

Alguns dias atrás eu estive na Escola Estadual Hilda Koëtz, representando o LEO Clube, na solenidade de formatura a Primeira Turma de Alunos Guias, o projeto da escola “Trânsito Seguro”, que em conjunto com a Brigada Militar, com o apoio da Prefeitura, do Lions Clube e do LEO Clube tem como objetivo principal controlar o trânsito da Avenida Walter Jobim, no trecho em frente à escola, durante a entrada e saída dos alunos. Os Alunos Guias estarão dando informações aos motoristas, entregando panfletos, sempre destacando atitudes corriqueiras que são deveres de todo motorista, como não falar ao celular, não fumar, usar o cinto de segurança, respeitar o limite de velocidade no trecho, sempre acompanhados de um Policial Militar.

Entretanto, o mais importante deste projeto, além da conscientização do motorista, é a conscientização destes alunos que participarão do projeto. A melhor forma de um jovem ser conscientizado é ele saber o que deve ser feito e poder conscientizar, ou seja, eles terão de dar o exemplo, tanto como Alunos Guias como alunos dentro da escola, tendo que manter um bom desempenho no boletim, sem contar da boa educação, respeito tanto com os professores e funcionários da escola quanto aos demais colegas. Durante alguns instantes na solenidade, o Comandante da Brigada Militar da nossa cidade fez uso da palavra, e foi uma felicidade imensa ouvir que a Brigada Militar de São Pedro está trabalhando para qualificar um dos integrantes do efetivo, que além de qualificado, precisa se disponibilizar voluntariamente, para que assim possa voltar a ativa o Projeto PROERD (Programa Educacional de Resistência ás Drogas e a Violência). Este projeto, já foi comentado aqui nesta coluna como sendo um auxílio na formação de crianças e adolescentes tendo como objetivo afastá-las do meio das drogas e da violência.

Seria muito bom se a volta deste projeto fosse alcançada. Mas enquanto não o temos, vamos colaborar com o Pelotão Mirim, e com este novo projeto “Trânsito Seguro”, Que os motoristas de São Pedro dêem a atenção para os Alunos Guias, respeitem o direito que esses jovens conquistaram de conscientizar, ele se sentirá valorizado, e assim, terá com ele um valor pro resto de sua vida. Os jovens precisam receber confiança de quem os rodeia. Quem recebe confiança tenta, ao máximo nunca decepcionar. Quem não recebe confiança pode frustrar-se e seguir um caminho que não é o mais adequado, ou pior, um caminho que não é nada adequado.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O tempo não pára, mas ele também não voa.

Sempre ouvimos dizer que o tempo começa a passar mais depressa à medida que ficamos mais velhos, e isso é parcialmente uma verdade. Parcialmente, porque temos a impressão nítida de que ele realmente passa. Impressão! Encontrei-me essa semana com uma pessoa que não via há mais ou menos uns cinco anos e me dei conta de que essa impressão nos toma conta de tal forma, que não percebemos, e por isso acreditamos que é o tempo que passa mais rápido.

Exemplo fácil dessa falsa impressão é a simples mudança de turno, para uma criança que está no colégio. Quando ela estuda pela parte da manhã, a semana demora a passar, e quando estuda à tarde, mal começa a semana, e logo já é sexta-feira. Não é assim? E porque é assim? Porque temos essa impressão? E porque quanto mais idade temos, mais rápido parece? Rotina. Entramos em uma rotina e por isso não vemos o tempo passar.

Quando crianças, se estudarmos de manhã, temos a tarde livre. Brincamos, corremos, jogamos bola, vamos um dia na casa de um amigo, outro dia na casa de outro amigo, sempre fazendo coisas novas e diferentes. Se estudarmos à tarde, dificilmente aproveitamos a manhã, e quando chegamos em casa, vindos da aula, não temos tanto tempo para fazer as coisas novas e diferentes que tínhamos antes. Após, quando saímos da escola, dividem-se os que optam por seguir estudando, e os que começam sua jornada no mercado de trabalho. Independente da escolha o tempo parece diminuir mais, passar mais rápido. Se trabalharmos, faremos nossa função oito horas por dia, entraremos em uma rotina, uma mesmice, que, quando se acostuma com ela, o tempo voa. Se seguirmos estudando, também aumentaremos nosso tempo rotineiro. Se fizermos os dois então, trabalhando de dia e estudando durante a noite, como em muitos casos, estaremos em total sistema de rotina, guardando nossos finais de semana, que seriam a única opção de descanso e lazer, para eventuais trabalhos extras. Até mesmo as nossas férias entram nesse esquema de tempo que passa rápido. Se fizermos, nas férias coisas diferentes a cada dia, teremos a percepção de que o mês foi longo. Se simplesmente ficarmos em casa, assistindo à TV, logo estaremos de volta às atividades normais e o tempo terá passado muito rápido.

Cinco anos é muito tempo. Muita coisa muda, muita coisa pode ser feita. Muitas pessoas nós conhecemos, muitas “desconhecemos”, e quando conversamos com essas pessoas, e as questionamos, ou somos questionados, sobre o que temos feito, nunca aparecem novidades, nem pra falar, nem pra ouvir. Estamos na mesmice. Pra maioria, cinco anos passa muito depressa. Vamos aproveitar nosso tempo livre para variar, chega de ter a “obrigação” de assistir o Jornal e a Novela. Assim, a velha expressão do “parece que foi ontem”, vai sair um pouco do nosso cotidiano, que por sua vez, vai ser repleto de novidades e repleto de tempo, e este vai parecer estar sempre nos esperando para algo novo.

Não tem título para o que ele fez.

Um bom salário, ídolo da torcida, capitão e líder do time. Os últimos dias nos trouxeram à tona um verdadeiro escândalo dentro do futebol. O “Caso Bruno” está chamando a atenção de todo o mundo, e não pelo fato do seqüestro/assassinato, mas sim por ter sido encomendado por um jogador de futebol bastante conhecido e querido pela torcida do Flamengo do Rio de Janeiro. Porém, esse atleta não deve ser uma pessoa normal, ele há de ter algum distúrbio, algum desvio. Ele deve ser doente, louco.

Não se têm outra explicação para o ato cometido pelo goleiro. Não foram más amizades que o levaram a mandar matar a amante, tão pouco a pressão que a vítima poderia estar exercendo sobre ele, com o intuito de receber pensão alimentícia ou qualquer outra coisa, nada explica. Esse desvio de conduta do Bruno já deveria ter sido analisado. Ano passado, quando no Flamengo, o atacante Adriano foi acusado de bater na namorada, o goleiro em entrevista, tentando amenizar a situação e dar apoio ao colega fez uma declaração muito infeliz: “Quem de nós nunca perdeu a paciência e soltou a mão na nossa mulher?”.

Agora acontece este assassinato, de uma frieza inigualável. Repulsa-me só de imaginar a cena do desosso. Sem contar, que não é de se duvidar de que este “neném” deve ter ainda abusado desta mulher, talvez o “macarrão” também tenha. O que não passou Eliza em seus últimos instantes? Rodeada por loucos, doentes, sem escrúpulos. É nojento pensar neste caso. É revoltante. E a doença desse atleta é a única explicação para tal atitude tão covarde. Mãe do seu filho. Não lhe faltava dinheiro para não poder ajudar mensalmente esta mulher, por mais que esse fosse o único interesse dela, ter um filho com ele, por conta do dinheiro, ele não podia ter feito o que fez. Como disse: nada justifica. Nem um pobre, que realmente não possa pagar esta pensão tem o direito de fazer isto. É uma vida. Um crime.

É muito triste ver o fim de uma carreira que poderia ser tão bonita deste jeito. Mas que todos entendam que a carreira desse goleiro não acabou pelo crime, mas sim pelo motivo o qual o levou a encomendar esta barbárie. Doença, desvio. Prisão e tratamento ele precisa. E para o carneador, não existe no Brasil nada que ele mereça, nossa justiça será muito boa pra ele, seja qual for a decisão tomada.

Eleições: A Copa das urnas.

Assim como a Copa, as nossas eleições Presidenciais ocorrem a cada quatro anos. No entanto, são poucos os políticos que se empenham durante o período sem eleição, diferente dos jogadores que tem de dar seu melhor visando à convocação, e depois de convocados ainda são duramente criticados, eles e o técnico que o convocou. As eleições, de certa forma, não passam de uma convocação, onde nós somos quem convocamos. As únicas diferenças entre a eleição e a copa neste sentido são: uma, os jogadores só jogam antes de serem convocados (na sua maioria) em uma, e depois da convocação na outra. Duas, o técnico é criticado por sua convocação em uma, e na outra os técnicos cometem grandes erros e ninguém os critica.

O grande problema é que a Copa é relacionada ao esporte, e a eleição ao futuro do nosso país, e infelizmente a Copa é levado muito mais a sério do que as eleições. Candidatos pernas-de-pau por todo lado se elegendo como craques. Cartolas corruptos que não estão nem aí para o povo, que os colocaram onde estão. Agora veio o “Ficha Limpa”, espero que mude alguma coisa, mesmo tendo um pé atrás com este projeto. Não consigo crer que seja tão bom. Se fosse não teria sido aprovado tão rapidamente. É meio estranho pensar que não se pode convocar nenhum jogador que tenha tomado um cartão vermelho, até porque estes SEMPRE são convocados. Fico muito na dúvida quanto a este projeto, mas torço para que traga a nossa política pra frente.

Finalizando, espero que todos nós, técnicos desta seleção de políticos pensemos bem na hora da convocação, porque, diferente da Copa, que vivemos em apenas um mês, estes jogadores entrarão em campo durante quatro anos. Quatro anos na fila não é nada comparado a quatro anos de mau governo. Maus jogadores na seleção não são nada comparados a maus políticos no poder. Uma pessoa chamada de “burra” não é nada comparada a milhões chamados de “burros”.

Copa do Mundo por outros olhos.

Escrevo este texto pouco antes de assistir a partida entre Brasil e Portugal num canal alternativo ao que de costume assistimos futebol. Este canal tradicional na vida dos brasileiros insiste em querer ser mais que os outros de uma forma arrogante inclusive, ninguém pode contestar este canal, caso contrário eles usam do poder de influência que a sua mídia possui para de certa forma “queimar” a imagem de quem os “fere”.

O Dunga nestes últimos dias esteve muito irritado com alguns jornalistas da emissora, todos nós acompanhamos as criticas ao técnico da Seleção, porém, desta vez, por mais que o Dunga tenha ultrapassado o limite da decência com as palavras (e pedido desculpas depois!), a emissora o criticou muito, querendo colocar o brasileiro contra o técnico. Tentativa visível. Quando ao final da matéria o repórter avisa que a emissora torce pelo Brasil, independente do comandante da equipe. Ou seja, mesmo não concordando com o técnico, torce pelo Brasil, mas deixa claro que não gosta do técnico e não o apóia, afirmação desnecessária, mesmo que não gostem do Dunga, assim como não gostavam do Felipão, eles terão, mais uma vez, que engolir este gaúcho. Seremos hexa-campeões. E eu não olharei mais jogos desta copa nesta emissora “anti-sul-riograndismo”. Na internet está rolando a campanha para que ninguém olhe os jogos do Brasil nesta emissora, que procurem a segunda na audiência e façam cair os pontos desta emissora, para que eles saibam que nós ainda temos controle de nossos sentimentos e decisões, que nós apoiamos a Seleção, nós apoiamos o técnico da nossa Seleção, podemos não concordar com uma escalação ou outra, mas o apoiamos. Esta emissora é tão cega e orgulhosa que eu já estou acreditando que torcem contra nossa Seleção simplesmente para ver a queda deste treinador.

Não vou dizer que esta não é a melhor emissora. Ela é. As outras não chegam aos seus pés em qualidade, conteúdo. Entretanto um dos valores que admiro muito é a humildade. E isso ela não é, nem um pouco. Por isto, nesta copa, perdeu um telespectador, pouco? Sim um é pouco. Mas tenho a certeza que mais pessoas aderiram esta campanha que circulou na internet. Eu torço pelo Brasil, eu tenho a certeza do título, mesmo que me frustre pelo caminho, não hesito nem uma vez em afirmar que seremos HEXA! Nós somos maiores que qualquer emissora, que qualquer poder, o Brasil é mais forte. Boa Copa para todos!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

É saudável e divertido.

Acontece toda semana, normalmente duas vezes, na terça e na quinta para ser mais preciso, mudando apenas se existir algum impedimento na data de costume. Os nomes variam de acordo com os compromissos de cada um, mas todo dia de jogo os times estão completos, nem que seja preciso pedir para alguém preencher a vaga. De acordo com a sorte os times são divididos, camisas claras contra camisas escuras. Pronto, assim começa o futebol dos amigos.

Qual pessoa do sexo masculino pode dizer que nunca teve uma turma pra jogar bola? São poucos que não tiveram este privilégio. Mesmo quando criança numa área da casa, ou mesmo na rua onde cada gol era sinalizado por um grande barulho causado pela batida da bola na garagem do vizinho, e nesse período até as gurias jogam bola, umas mal, e umas muito bem, como uma amiga que sempre fazia grandes jogadas e bonitos dribles. Mais tarde começam os jogos no colégio, com a turma de aula. Mais tarde os vizinhos se juntam com os colegas e a reunião futebolística passa a ser em um lugar combinado e fora do colégio, e assim perdura, para alguns até os joelhos não agüentarem mais. O futebol amador, o futebol de amigos abrange pessoas de 10 anos até 50, 60, que jogam juntos e que brigam. Porém a briga do futebol é do futebol, todo jogo de amigo ocorre uma discussão, uma reclamação com a marcação, um palavrão ou outro seguido de um “assim não dá!”. Coisas que são detalhes, que não enfeiam o prazer de jogar bola com os amigos.

Eu fico feliz por ter passado estas etapas, ter meus amigos de infância, meus vizinhos, do tempo que o muro bege da antiga área da minha casa já não era tão bege de tantos chutes diários. Dos jogos no campinho do Clube do Comércio, grandes clássicos, até com técnicos e uniformes. A fase do pavilhão, onde a briga em casa era pelo intenso uso do telefone convidando os amigos para o jogo. Agora os nossos bons jogos das terças e quintas na AABB, onde no fim do jogo cria-se o espaço para a risada, as histórias de cada um, a maioria delas, destas outras etapas, histórias de jogos no colégio, na rua. Enfim o futebol é um esporte, mas não é só um esporte, é uma maneira de aprender, de manter amigos, de fazer novos amigos e principalmente de se divertir.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Boas novas da FEMASP, vamos aproveitar e prestigiar.

Começou a FEMASP e começou a Copa da África. Quinta aconteceram as duas aberturas oficiais destes dois eventos que movimentam São Pedro, claro que o segundo movimenta o Mundo, mas no nosso país muitas coisas param com o início do Mundial. Mas falemos mais da nossa Feira. Que chega à sua vigésima primeira edição, e chega bem. Muita organização, muita acessibilidade, boas atrações, a volta do comércio regional e outras coisas.

As vantagens disto: a organização deste ano até agora evita reclamações, lugar, trânsito dentro e fora, a praça de alimentação com corredor facilita bastante, a segurança reforçada, não existe reclamação. As atrações parecem boas, no dia da abertura a tão esperada “Dança” deixou sim a desejar, pelo menos o comentário de que se esperava mais era bem grande, por quem conhece e também por quem não conhece de dança. Mas foi apenas um detalhe negativo, que foi salvo e bem salvo pelo bom show dos ”Monarcas” um grande e satisfatório presente da feira para seus visitantes, já que foi gratuito. Um presente muito bom mesmo. As próximas atrações são bastante conhecidas na região e a expectativa é grande. A acessibilidade que falo é a valores. Os preços da feira não são caros, tanto os dos shows como o da entrada, pensem no tumulto da feira se fosse gratuita a entrada, ninguém conseguiria visitar as lojas com calma, ou com a calma de quem vai às compras. Porém a melhor novidade para a população é a volta do comércio regional, não só o comércio municipal, tudo bem, há quem diga que seria melhor, que devemos dar valor ao comércio de São Pedro. Entretanto a feira só com o comércio local, torna-se inútil e, se facilitar, até pode trazer prejuízos aos comerciantes. Sempre existiu o comentário que o comércio local vai à feira para vender as mesmas coisas que vende em suas lojas espalhadas pelas ruas e com um acréscimo no preço.

Todos estes fatores podem fazer desta edição uma das melhores da feira, ao menos nos últimos tempos, outra coisa que chamo a atenção é a cortesia para os camarotes, como o do LEO Clube que tem uma oportunidade na feira de mostrar seu trabalho, o das rádios que divulgam a feira, e estão em tempo real entrevistando os visitantes e expositores, isto não é novidade na feira, mas é muito importante agradecer o gesto, que só faz as entidades da cidade unirem-se mais. Esperamos que no final da feira a palavra que corresponda seja “sucesso”, que todos os comerciantes tenham bons negócios e aos visitantes boas compras, aproveitem bastante. Voltando à Copa do Mundo, falta ainda um mês para o seu final, diferente da feira que acaba no domingo, mas também esperemos sucesso e mais um título para a nossa Seleção. Bom final de semana à todos, nos vemos na FEMASP.

domingo, 6 de junho de 2010

Costume Involuntário.

Somos humanos e é do nosso ser errar. Uma das formas mais grosseiras de erro é a não valorização, a não valorização das coisas e principalmente das pessoas. É costume dar valor ao que nos falta, e só damos valor ao que temos quando perdemos. Liberdade, dinheiro, amigos, são tantos os exemplos do que sentimos falta quando perdemos, porém o exemplo mais comum é o amor. Esse sim é um grande causador de não valorização.

Isso se comprova com uma antiga frase, que não tem uma forma única de ser escrita, mas o seu sentido não é afetado por qualquer alteração verbal: “Teimamos em gostar de quem não nos gosta, tanto quanto gostamos de desprezar (não valorizar) quem nos ama.” É claro que não é uma regra, mas, sem dúvida quase todos nós já cometemos esse erro. Todos nós alguma vez já nos visualizamos dentro do conhecido poema da Lili, aquela coitada que amava o Raimundo que amava a Maria que amava o Pedro que amava Fernanda que não amava ninguém. Esse poema pode ser considerado o poema do amor verdadeiro, nada de conto de fada. Como já disse antes, o amor não é primavera, é outono. Não são flores, ou não são só flores. Esse poema nunca perde a validade. Sempre existirão as vítimas do amor, ou do desamor. As vítimas da não valorização. O Raimundo só vai dar bola pra Lili quando ela já estiver com a cabeça no J. Pinto Fernandes, aquele que ainda não estava na história. E nessa altura a Maria que já havia se dado conta que o Raimundo era importante pra ela, acaba por dar valor tarde demais para o pobre. E assim é, e sempre será. Eu que já cometi este erro - já amei sem ser amado e já fui amado sem amar - não conseguia entender como nós conseguimos sofrer tanto a mando do coração. Parece que gostamos desse sofrimento, gostamos de não valorizar quem nos ama.

Nós gostamos de ser amados fingindo não amar. E amamos quem não nos ama com uma falsa repulsa. É impressionante como fazemos isso sem nem sequer notar, é um costume. E esse é o erro. Fingimos. Só assumimos amar quem nos ama quando quem nos ama já não nos ama mais. Um dia alguém não vai fingir. Alguém já não fingiu, existe o amor recíproco. Eu espero um dia não fingir e amar sendo amado. É difícil, já que esse fingimento não é voluntário. Mas enquanto isso fiquemos ainda amando quem não nos ama e nos enquadrando no poema do Carlos de Andrade. Felizes são os que já não fingem mais.

terça-feira, 1 de junho de 2010

"Formatura da Boina" - Exclusivo BLOG

Este é o nome da Cerimônia que fui Sexta passada pela manhã, um evento muito bonito, onde cerca de 500 Soldados e Alunos receberam a Boina "Preta", entre aspas porque a Boina do NPOR é azul para diferenciar. Depois fomos recebidos no Cassino dos Oficiais, para um lanche, onde estava passando um vídeo do "Campo". Antes do desfile, um Oficial falou sobre a história da Boina, e após as mães (ou equivalentes) colocaram a Boina nos seus filhos.

Parabéns denovo aos meus amigos, que ainda receberam o privilégio da primeira foto deste Blog, hehe:

Artilheiros William Lazzarotto e Matheus de Moraes, respectivamente, e eu.

Falta incentivo e amor à nação.

Ontem fui à uma cerimônia de entrega de boina, não sei bem como se chama, mas sei que o importante é a entrega da boina, e infelizmente também não sei como foi, tendo em vista que estou escrevendo este texto antes de ir. Dois amigos meus receberam a boina do NPOR(Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva), no Regimento Mallet, em Santa Maria. Eu, que não servi, tenho muitos amigos no exército e fico de certa forma encantado em ver como eles gostam, querem sempre mostrar o que eles fazem, os hinos que eles cantam, como marcham, como se apresentam e assim por diante. O que me fez pensar, esses dias, que falta incentivar ás crianças gostarem do exército, falta nacionalismo. Até mesmo pela força do nosso tradicionalismo gaúcho, o amor a nação é deixado de lado. Tanto que inúmeras vezes observamos, orgulhosos, a falta de respeito que torcedores gaúchos cometem, ao, no momento do Hino Nacional, entoarem o Hino Rio-grandense “abafando” o nacional.

Não tenho conhecimento se em algum lugar o exército faz exposições e amostras das atividades. Mas penso que deveria fazer. Deveria mostrar que o quartel é uma coisa boa, é um aprendizado para os jovens. E mais, além de simplesmente servir, existem outras opções de ingressar no exército, o NPOR, a EsSA (Escola de Sargentos das Armas), EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército), esta última um concurso mais concorrido que os vestibulares de medicina em universidades federais. A questão é que muitos jovens nem sequer conhecem estas opções, se tivessem este conhecimento poderiam tentar a carreira militar, que proporciona além de todo o conhecimento, a possibilidade de morar em outros lugares, conhecer novas culturas, novas pessoas.

Eu nunca quis servir, por achar que o exército não era uma cosia boa. Hoje, vendo meus amigos, acredito que o serviço militar é uma etapa da vida que não vou passar, e que no futuro sentirei certo arrependimento. Acredito que este incentivo deveria ser dado, que alguma exposição deveria ser realizada, principalmente em colégios de Ensino Médio, onde os jovens se aproximam do alistamento. Tenho certeza que se isso acontecesse, o ingresso ao exército seria visto de uma maneira muito melhor. E seria muito difícil encontrar alguém que não quisesse servir. Parabéns aos meus amigos que ontem ganharam a boina. Espero que a cerimônia “da boina” seja muito bonita. No blog vou postar um pequeno texto contando da cerimônia, e com o nome dela, já que não acredito que seja simplesmente “da boina”.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Chicabon premiado, grãos de bico, canários cantantes e sorte, muita sorte.

Lobisomem, Saci, Mula sem-cabeça. Quem sabe ainda existe em algum lugar alguém que acredite nestas lendas folclóricas, e posso dizer que é até certo ponto “legal” contar para crianças estórias como estas. Mas o problema que encontramos agora é quando adultos começam a acreditar em algumas “lendas populares” posso dizer assim.

A lenda do sortudo, por exemplo: bom, o sortudo foi viajar pra capital, mais precisamente visitar uma pizzaria. Sentou, comeu e conversou com os freqüentadores da casa das pizzas (só salgadas, diga-se de passagem), no final, deliciando na sua mente uma sobremesa, percebeu que havia uma promoção de “chicabon”, aquelas do palitinho premiado, lembram? Pois é. Ao freezer, deparou-se com apenas um “chicabon”, que ainda restava, todos os outros já haviam sido vendidos. O lendário sortudo degustou seu picolé, e ao final percebeu que, numa sorte comparada à vitória de um espermatozóide que chega antes de milhões de seus irmãos ao óvulo, que seu palito havia uma marca sinalizando o prêmio, uma estrela, se não me falha a memória, e assim voltou para casa o sortudo, com seu prêmio valioso, que vale a pena dizer, valia em torno de cem mil “patacas” Há quem acredite nesta lenda, eu confesso que até hoje só consegui trocar o palito por um “frutare”, e após comer alguns outros.

Outro conto do sortudo, vocês já devem ter ouvido falar, é o do canário do reino. O sortudo virou rei, tamanha sua sorte, e resolveu fazer uma festa para seu povo, onde todos súditos poderiam participar, para animar traria um grupo de canários, para que cantassem. Feitos os cálculos, concluiu o rei que para que os canários viessem, cerca de cento e trinta mil grãos de bico deveriam ser colocados a disposição dos canários. Só que estes cálculos não foram bem feitos, e mais quarenta mil grãos eram precisos, o rei então, pediu para que o conselho do reino liberasse mais estes grãos, só que o conselho nem sequer havia sido consultado sobre a vinda destes canários e por isso cogitou de não liberar. Porém, estamos falando do sortudo. E mais uma vez a sorte esteve do seu lado e os grãos foram colocados a disposição. A festa saiu, todos ficaram felizes e o rei foi saudado por todos os súditos.

Terminada a sessão da carochinha, por incrível que pareça há realmente quem acredite nestas “lendas populares”. Há quem acredite também que grão de bico é moeda de troca em revenda de carro, há quem acredite que cunhado é banco, que “pataca” tem valor, há quem acredita em sorte, em licitação e ainda há rei que acredita que súdito é bobo da corte. Mas o pior é não ter a certeza de que eles não são, e acabar percebendo que mesmo vendo e sabendo das coisas estes súditos sigam saudando, ou melhor, estes bobos sigam fazendo bobagens. Eu que não acredito em nada disso, não sou súdito nem bobo, acho muito mais fácil encontrar o Negrinho do Pastoreio tomando um mate com o Tio Barnabé, debaixo de uma lua cheia ouvindo no rádio aquela música do “Vampiro, Lobisomem, Saci-Pererê.”

terça-feira, 18 de maio de 2010

Vale a pena colaborar.

Como eu gosto do inverno. Esta estação nos proporciona algumas combinações muito boas, como filme, coberta e chocolate-quente, por exemplo. Vestir um bom casaco de lã, e ficar esquentando as mãos em uma xícara quente de café. Tomar sopa. Sem dúvida têm coisas que com a chegada do inverno se tornam quase uma “necessidade”. Pena é que nem pra todos o inverno é tão gostoso, e as necessidades são outras, bem diferentes.

Outra coisa que ganha força com a chegada do inverno é a solidariedade. A Campanha do Agasalho vem mais uma vez aquecer quem tem frio, e pra isso é preciso a colaboração de todos. Vários pontos na cidade estão arrecadando agasalhos, de agências bancárias até as associações dos bairros. As rádios estão divulgando: sábado, dia 22, pela manhã, quatro grupos estarão percorrendo a cidade para aumentar a contribuição da população. A iniciativa da Prefeitura, somada à ajuda de entidades e associações, fará com que o frio seja apenas um detalhe deste inverno. Então, vamos revisar o guarda-roupa e fazer útil aquele blusão que já não nos serve ou aquele cobertor que já não está sendo usado e destinar esses “não-ocupados” para as pessoas que precisam muito e têm pouco. No inverno, esta é a forma de ajudar o próximo esquentando e aquecendo também, o nosso coração. Mesmo não sendo um dever, a ajuda nos oferece a sensação de dever cumprido, de orgulho.

Vamos fazer circular este sentimento, quem trabalha no sábado de manhã e não estará em casa, pode deixar o “seu blusão” a “sua coberta” para um vizinho, ou levar em algum ponto de arrecadação. Quem estará em casa, fique atento ao “businaço” que estará alertando a passagem ou do caminhão ou das camionetes pelas ruas da cidade. É muito importante que quem puder colaborar, colabore. A doação de agasalhos também não é a única forma de colaborar, alguns eventos da cidade terão parte do lucro doados para a compra de cobertores, o que faz da sua participação nestes eventos uma forma de ajudar. Tenham certeza que o filme ficará mais agradável, a nossa coberta mais quente, e o nosso chocolate-quente mais saboroso se tivermos a solidariedade em nossos corações e nas nossas atitudes. Outra combinação boa é essa, solidariedade e atitude.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

É difícil ser situação.

É muito fácil ser oposição. Não existe a tamanha pressão do “fazer acontecer” a qual a situação sempre passa. Porém, os administradores de situação não vivem apenas do “fazer acontecer”, se fosse assim, a atual administração estaria anda como oposição. Um administrador tem de ter bom senso nas suas atitudes e palavras, tem de saber lidar com pessoas, jeito e educação, nivelar o estresse para não entrar em erupção, e cometer precipitações. Como oposição, antes de 2008, criticava-se (e muito!) o jeito, de certa forma, “grosso”, o qual lidava o nosso antigo prefeito que, diga-se de passagem, fez um excelente trabalho, fez acontecer, isso é indiscutível. Porém, essa tal “grosseria” que foi uma das armas usadas contra ele, era nada mais que indignação com alguns fatos e algumas pessoas que insistiam para o não-crescimento da cidade, essas pessoas, inclusive até é um assunto para um próximo texto, por isso não entrarei nesta questão. O fato é que a coisa mudou, a oposição virou situação, e a pressão começou a tomar conta.

A atual administração da cidade, mais especificadamente o Prefeito Municipal, que a meu ver está trabalhando da melhor forma possível, está tentando “fazer acontecer”, mesmo que alguns de seus amigos políticos, que pelo apoio de dois anos atrás merecem “uma mão” (digo: merecem só pelo apoio, infelizmente muitos dos seus escolhidos não têm capacidade de exercer seus cargos), o Prefeito conta com uma ajuda muito necessária, o bom senso da Casa Legislativa municipal, que não barra nenhum recurso, que trabalha para o melhor, etc., etc. É muito fácil ser oposição, mas a dificuldade da situação apareceu na semana retrasada, e foi tirada de letra, de forma correta e honrosa, criticando erros quando eles existem, aí que a pressão pegou o executivo.

Pra quem não sabe a Câmara de Vereadores é a Casa do Povo, e todos temos o direito de saber o que acontece na nossa casa, por infelicidade, ou por não-conhecimento do Prefeito, ele acabou tirando este direito de muitos moradores da zona rural de São Pedro do Sul, cancelando a retransmissão das sessões da Câmara aos domingos, o que, sem dúvida, não agradou a ninguém, nem os vereadores de situação, que ao iniciarem um Pedido de Informação, ou seja, um pedido de explicação sobre o porquê do cancelamento, tendo em vista que os vereadores não haviam sequer sido informados do cancelamento, foram cortados, de forma ditatorial pelo nosso excelentíssimo, um absurdo cometido, a rádio municipal interrompeu a transmissão ao vivo da sessão.

Já houve um texto aqui nesta coluna, no qual comentei que gostava de ouvir as sessões da Câmara, porém, na última segunda fui pessoalmente assistir, e vou novamente, sempre que puder. Na sessão, todos presentes são anunciados, e meu nome foi anunciado como colunista da Gazeta, corrigi, dizendo que estava como são-pedrense, que tem curiosidade de saber o que é feito e que não gosta de ter os ouvidos cortados, o fato de eu escrever sobre este ocorrido não muda a minha qualidade de cidadão. Os são-pedrenses deveriam participar mais das sessões, prestigiar e verificar o trabalho dos vereadores. E quem não pode ir pessoalmente, que fique torcendo para ter seu direito pleno devolvido.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Liderança, Experiência e Oportunidade.

O movimento surgiu na década de 50, nos Estados Unidos e ao decorrer dos tempos ganhou os quatro cantos do planeta, através dos Lions Clubes. Hoje, o Movimento LEOístico (os LEO Clubes) é o maior clube de jovens do mundo, presente em mais de 150 países. No dia 30 de novembro de 1998 era fundado em São Pedro do Sul o LEO Clube São Pedro do Sul, apadrinhado pelo LEO Clube Jaguari, o primeiro do Brasil. O movimento irá completar doze anos na nossa cidade, e doze anos de trabalho, de serviço, e mesmo após todo esse tempo ainda existe quem não conhece o LEO Clube.

Dentro do Brasil, o movimento é dividido em quatro grandes regiões, os chamados Distritos Múltiplos, os quais possuem uma sigla, os três estados do sul juntos formam um destes distritos, tendo como sigla, DM LEO L D, o L é a letra que simboliza o Brasil, e o D é a letra do Distrito. Este Distrito Múltiplo é dividido novamente em Distritos. O DM LEO L D é dividido em nove Distritos, o Distrito em que se encontra o LEO Clube São Pedro do Sul é o Distrito LEO L D-4, que abrange a região centro-oeste do Rio Grande, juntamente com os Clubes de outras cidades, como LEO Clube Santa Maria, LEO Clube Alegrete, LEO Clube Três de Maio, LEO Clube Jaguari, e mais dezenove clubes, num total de 24 LEO Clubes. Em cada AL (Ano LEOístico), que começa em 1º de julho de um ano e se estende até 30 de junho do ano seguinte, os Distritos Múltiplos, Distritos e Clubes ganham uma nova diretoria, as diretorias dos Distritos, chamados Gabinetes, são escolhidos nas Conferências, este final de semana, o LEO Clube São Pedro do Sul está em Panambí, na 28ª Conferência do Distrito LEO L D-4, onde será escolhido o novo presidente Distrital. O Clube são-pedrense já teve a oportunidade de sediar o Gabinete Distrital, no AL 2006/2007 e o Gabinete do Distrito Múltiplo, no AL 2008/2009.

Em São Pedro do Sul, o LEO Clube trabalha através das suas campanhas, como o CineLEO, a Campanha de Natal, a Campanha de Páscoa, o Cidadão Gota, entre outras. O trabalho do LEO Clube São Pedro do Sul é bastante reconhecido pelos demais clubes, sendo um exemplo dentro do Distrito. Você pode conhecer mais o LEO Clube entrando no Blog do Clube, http://www.leosps.blogspot.com/; no site do Distrito LEO L D-4, www.leold4.com.br; através dos jornais da cidade que divulgam os Boletins Informativos do LEO; ou ainda entrando em contato com um C.LEO(Companheiro LEO) e visitando uma das reuniões do Clube. O certo é que o LEO Clube já faz parte do Cotidiano em São Pedro do Sul.

Vamos torcer para que seja mais do que uma indicação.

Felizmente a luta não pára, mas infelizmente a vitória parece cada vez mais distante. Palestras em colégios, propagandas nos meios de comunicação, casos mostrados na ficção são as armas na luta contra o uso de drogas. Todos já sabem tudo o que precisam para dizer não, e mesmo assim as pessoas se tornam usuários. E eu disse as pessoas, não os jovens, como se tanto fala. Pessoas de todas as idades se tornam usuários de drogas todos os dias.

Semana passada aqui na Gazeta, foi noticiada a indicação do Vereador Marcelo de Melo ao executivo do município para a criação da Semana Municipal do Combate às Drogas, “Drogas Nunca Mais”. Mais uma arma pode então ser criada, é ela é necessária. O único erro do projeto, a meu ver um erro, é o nome, mais precisamente o “Nunca Mais”, fica a sugestão da troca para o “Jamais”, levando em consideração que o projeto, eu acredito, não se dirige apenas para ex-usuários, mas também para que os não-usuários sigam não usuários. Projetos como este e parecidos com este já existiram aqui na cidade. Quando ainda aluno da Escola Estadual Professor Firmino Cardoso, tive o privilégio de participar do Projeto Proerd (Programa Educacional de Resistência as Drogas e a Violência), junto à Brigada Militar. Onde um “Sd. Proerd” ministrava aulas todas as semanas sobre este tema. E é com certo orgulho que posso lhes dizer que daqueles alunos, eu e meus colegas, todos, salvo raras exceções (raras mesmo) finalizaram seus estudos, hoje trabalham, ou estão fazendo faculdade, e jamais se envolveram com drogas, salvo as raras exceções, repito. Não sei por que este projeto não é mais realizado. Mas sei que sem um trabalho especial, a coisa vai piorar. Digo isto não da boca pra fora, digo isto por que vejo todo o final de semana, se saio, e se não saio também, da minha casa eu vejo: Vejo jovens que não tem formação educacional para dizer não. A luta não pára, mas só a propaganda na “tv” não vai resolver o problema, é preciso acompanhamento educacional para que os não-usuários sigam não-usuários, e este projeto pode ser este acompanhamento.

O ver. Marcelo fez o que já deveria ter sido feito. E pessoalmente vereador, lhe digo, que se for da vontade do executivo, este projeto será um feito extraordinário, e não faltará apoio da sociedade, das empresas e das entidades de São Pedro. Iniciativas como esta, são indícios de bom trabalho, de trabalho que sem dúvida é reconhecido por todos, e a prova disto foi a unanimidade dos votos na câmara, e prova maior será quando ele começar a ser executado. Parabéns de novo pela iniciativa, e tenha certeza que falo por muitos quando o parabenizo.

As últimas gotas d’água.

Os telejornais nacionais estão trazendo para todo o país a tragédia carioca, a tragédia das chuvas, dos deslizamentos. Todos os dias mais vítimas são encontradas sob a terra. Muitos de nós, moradores de outros estados (que não conhecem a realidade carioca), e até alguns próprios cariocas sem visão se perguntam o porquê de tantas pessoas morarem em lugares como o Morro dos Prazeres, ou outros lugares que são avaliados como locais de risco. Só que quem se informa sabe que este tipo de moradia não é uma opção e sim uma condição, imposta pela falta de dinheiro, falta de emprego, etc. Ninguém mora no morro por que acha a vista bonita. “Eles são miseráveis, pobres miseráveis” - disse Arnaldo Jabor - e “miseráveis” não é xingamento, vem de miséria mesmo. A culpa deste desastre é governamental. Exclusivamente.

Em setembro do ano passado o governo brasileiro decidiu comprar de 36 aviões “caças” franceses, lembram o valor? Quatro bilhões (BILHÕES!) de reais. E os aviões não foram a única compra, entre helicópteros e submarinos mais quinze bilhões foram disponibilizados para o chamado reaparelhamento bélico brasileiro. Grande investimento. Gostaria de saber a percentagem em relação aos investimentos em educação, em saneamento e em habitação. AH! Habitação! Interessante: não sou nenhum engenheiro, mas acredito que não precisamos ser nenhum gênio da construção civil para saber que estes 19 bilhões seriam mais que suficientes para criar áreas habitacionais para retirar os moradores dos morros cariocas, e não só os cariocas. Puxa vida: 19 BILHÕES! Mas fiquemos felizes pela nossa Força Aérea, que possui agora mais 36 jatos novos, que podem ser pilotados por 36 oficiais, que realmente ganham muito pouco para pilotar jatos “velhos”, ainda mais em um tempo de guerra como o atual. É realmente indiscutível a necessidade brasileira de tecnologia militar. Além disso, o governo já investe bastante nesses moradores, lhes dando ajudas mensais, para que possam alimentar suas famílias decentemente e que ainda consigam economizar alguns trocados para pagarem os impostos dos seus barracos. Grande investimento.

Esta tragédia é última gota d’água (ou as últimas gotas!). É o sinal para que os governantes tomem as devidas providências, retirando e auxiliando os moradores destes morros. São inaceitáveis: a tragédia, a situação e pior ainda, o comentário do nosso Presidente, dizendo que o que o mais importante agora é rezar para Deus parar de mandar chuva. Perto desta frase, não me considero nenhum pouco cínico em repetir: - Grandes investimentos, senhor Luis Inácio.

sábado, 10 de abril de 2010

Para os leitores

Sempre fui uma pessoa de voz contestadora, sempre gostei de saber o porquê das coisas, das ordens, dos deveres. Muitas vezes errei ao contestar, errei ao discordar. Mas sempre que errei, e sempre que erro, assumo o erro. Sempre fui muito correto ao criticar e ao apoiar também, ao menos sempre me considerei assim, e sempre que faço uma crítica penso que com a crítica a coisa possa mudar, essa é a felicidade que tenho em escrever toda a semana para vocês aqui na Gazeta. Fico feliz por poder expor minhas idéias e meus pensamentos à nossa comunidade.
Os meus pensamentos que se tornam palavras nestes textos são nada mais que um direito que adquiri. Porém com este direito, vieram junto alguns deveres, posso até dizer, deveres éticos, que alguém na minha posição faz: Quem tem o direito de criticar algo, tem também o dever de elogiar a mudança, ou outro quesito favorável. Assim como li esses dias no Jornal Cidadão, uma “resposta” a um artigo publicado também no mesmo jornal. Quem faz a crítica tem que ter a ética de “aplaudir” (digamos assim) a resposta a sua crítica, seja ela com palavras ou com atitudes. Isto é sadio. E mais: não é feio. Feio é apenas criticar, é apenas apontar os erros, sem observar os acertos. Não escrevi nenhum texto exclusivo parabenizando mudanças após minhas críticas, mas sem dúvida, é muito bom ver um ônibus novo na via São Pedro X Santa Maria, é muito bom ver a diretoria do Clube do Comércio trabalhando e tentando fazer com que o clube melhore e saia da situação difícil que tem passado nos últimos anos. È muito bom ver que as críticas tenham respaldo positivo. É isso que faz com que a cada semana esta coluna tenta trazer algo novo, algo não apenas informativo, mas que faça com que os leitores questionem junto, pensem junto, concordem, discordem.
É muito bom saber que esta coluna tem sido lida, e bastante lida. Este texto é basicamente um agradecimento aos leitores que tenho, peço à vocês que acompanham a coluna Cotidiano que sigam mandando e-mails, que sigam comentando comigo e com seus conhecidos os textos que tenho escrito. Gostaria que vocês soubessem que tudo que escrevo é na tentativa de trazer algo melhor. E que a motivação maior para a continuidade desta coluna são as palavras dos leitores dizendo que acompanham, que leram, que gostaram, e que não gostaram, que querem entender porque penso assim. Enfim, a coluna Cotidiano só existe porque é lida, e por isto esta semana a coluna se torna agradecimento à todos que já dirigirem a sua palavra para mim, comentando sobre a coluna. Um muitíssimo obrigado, saibam que eu fico muito feliz quando as pessoas que conheço; gosto; e admiro dizem que lêem e acompanham o Cotidiano. Muito Obrigado

São Pedro Musical

Sabem de uma coisa? É muito bom saber que a nossa cidade tem dado mais valor à música gaúcha tradicionalista/nativista. Já faz algum tempo que o pensamento de o porquê São Pedro do Sul não tem um festival de música se faz comum em algumas pessoas da cidade. Nesse intuito ou ao menos na tentativa de cultivar esse ramo musical, que estava meio esquecido, por culpa tanto do tal “Tchê Music” quanto das próprias vaneiras, típicas de bailes gaúchos, diferente dos “Tchê”, mas também fazem mais o gosto do que as músicas “apenas de se ouvir”, membros do CTG Rincão de São Pedro, ainda no ano passado, idealizaram a primeira Noite Nativista. Correndo atrás de patrocinadores, perguntando aos próximos o que achavam da idéia, a Noite saiu do papel.
Felizmente deu certo. E logo teremos a II Noite Nativista, com as participações de artistas muito conhecidos pelos apreciadores da nossa música, como Jairo “Lambari” Fernandes e Jarí Terres. Talvez estes nomes, e outros mais, também conhecidos, poderão se encontrar no Minuano da Canção Nativa, que ressurge na sua oitava edição aqui em São Pedro do Sul. A Prefeitura Municipal está de parabéns por trazer este festival para a cidade, estávamos precisando deste incentivo, é muito bom saber que São Pedro não se esqueceu por completo da beleza das canções nativistas, pelo contrário, esta tentando relembrar quem estava por esquecer, e mais: a ensinar e mostrar a quem não as conhece. A música gaúcha de raiz, como pode ser chamada, é uma das mais belas formas de exaltar a cultura do Rio Grande, e São Pedro tem muito a somar a esta cultura, e muito já somou, sendo, inclusive, citada em algumas destas músicas.
É muito importante que os são-pedrenses apóiem estas idéias, prestigiem estes eventos. Torço muito para o sucesso da segunda Noite, e para o fortalecimento das raízes do Minuano aqui na cidade. Sem dúvida não faltará apoio das grandes empresas da cidade, das entidades, enfim, não faltará o apoio de quem for solicitado. Além de um prazer, será um grande orgulho para nós sermos sede destes eventos, que movimentará a cidade, e movimentará o nome da cidade na região e no estado. Parabéns e muito obrigado pela iniciativa aos que idealizaram e aos que patrocinaram/apoiaram a idéia.

sábado, 27 de março de 2010

A foto do orkut.

Nunca fui uma dessas pessoas que ficam remexendo o orkut, olhando tudo sobre a vida dos outros, bem pelo contrário, sempre entrei no orkut para responder recados dos amigos, as fotos que olho são de algum lugar que eu fui, uma festa ou uma viagem e só. Esta semana, porém, inventei de “fuxicar” no orkut, e fui indo, clicando nas fotinhos eu ia pulando de amigo em amigo. No meio dessa andança me deparei com uma foto, acho que uma das fotos que mais me chamaram a atenção, de uma pessoa que tenho um carinho muito grande.
A tal foto, em branco e preto, me passou uma sensação muito boa, e fiquei por alguns instantes analisando aquela paisagem. Uma coxilha, um mate, o frio somado ao vento, e o silêncio de um rosto tranqüilo e feliz. Neste instante, lembrei da pessoa da foto, tentando encontrar um momento que eu tivesse presenciado em que ela estivesse com a mesma tranqüilidade e felicidade, quando encontrei em pensamento essa cena, fiquei feliz também, lembrando daqueles momentos. Então segui clicando, e tentando buscar fotos de outras pessoas que gosto, para tentar encontrar de novo um momento de felicidade olhando para uma foto. Até parece estranho, mas consegui ficar um bom tempo sorrindo sozinho olhando as fotos dos amigos. Quando terminei fiquei pensando como pode uma foto nos passar uma energia tão boa, como aquelas fotos haviam me passado.
As fotos realmente transmitem emoções, gostamos tanto de algumas pessoas, que quando vemos fotos delas felizes, imaginamos que elas estejam felizes, e, já que gostamos delas, ficamos felizes também, contagiados por aquela fotografia. Talvez por isso que muitas pessoas ficam remexendo o orkut, e olhando tudo sobre a vida dos outros, como falei lá em cima. Talvez, elas precisem buscar um sorriso numa foto para se sentirem melhor, para matar a saudade de alguém que está longe. Até a voz se escuta olhando a foto de alguém.
Gostei muito de ver aquelas fotos, e assim relembrar momentos agradáveis. Isso faz bem. Experimentem entrar no orkut e buscar por fotos de pessoas queridas, que vocês gostem, e tentem lembrar de momentos agradáveis junto a estas pessoas. Matar a saudade dos amigos nunca é demais. E as fotos podem ao menos diminuir a saudade que temos. As fotos nos permitem, assim como um livro, viajar nos pensamentos, a diferença é que o livro fala dos personagens, e as fotos, das pessoas que conhecemos e queremos bem.

Tem que haver solução.

Eu havia comentado, logo após o termino do carnaval sobre a necessidade de ser instalado um pequeno posto da Brigada Militar na praça em função das brigas ocorridas. Cada vez mais se mostra necessário este posto, a bola da vez é o vandalismo que deve ser matéria dos jornais dessa semana. O absurdo que ocorreu esta semana, onde ao amanhecer, São Pedro do Sul viu um dos bancos da praça central pendurado na caixa d’água. Isto é o cúmulo da falta de respeito, o auge da loucura que habita as cabeças destas pessoas que optam por viver esta vida noturna, como vândalos arruaceiros, provavelmente bêbados e drogados, já que eu não consigo acreditar que alguém em sã consciência seja capaz de realizar tamanha indecência. Sem contar que os outros bancos que ainda não deram uma de macaco estão, na sua maioria, depenados, riscados, “assinados”.
Infelizmente esta situação não parece ter um fim próximo, acredito que por descaso das nossas autoridades, que deviam prezar pelo bem do patrimônio público, e não só o patrimônio físico, mas sim também o patrimônio moral dos cidadãos são-pedrenses, que tem de conviver com estes fatos, e pior do que isto, com estes indivíduos que não tem a vergonha, pelo contrário, parecem gostar de mostrar que estão fazendo coisas erradas, como se estivessem certos, sem nenhum medo.
Sinceramente eu não sei como nem quando serão findos estes ocorridos, só espero que não seja necessária alguma tragédia para que as providências sejam tomadas. Este caso, que passa dos limites da aceitação (e da lei!), merece mais atenção.

Todo mundo veio pro Rodeio!

Não posso deixar em branco um fato que faz parte do Cotidiano são-pedrense. Já é tradição na semana de aniversário do município o Rodeio Crioulo do CTG Rincão de São Pedro, que já está na 29º edição. Gostaria de deixar a dica para vocês prestigiarem o evento, que ainda terá show com Ênio Medeiros no sábado à noite. Parabéns à Patronagem e à Invernada Campeira do CTG, que sempre multiplica esforços para fazer deste, um grande rodeio.

domingo, 14 de março de 2010

Música não é só som.

Sempre tive um gosto musical diferente. Mesmo carregando poucos anos de idade, meus ouvidos parecem que já estavam vivos há muito tempo. Apreciando músicas de quase todos os estilos, e todas as faixas etárias. Meus amigos muitas vezes achavam graça quando chegavam à minha casa e eu estava a ouvir um samba antigo, ou outra música a qual eles não conheciam muito bem. Porém, estas músicas são sim conhecidas pelos jovens (e muitos!), não são poucos os que inclusive gostam destas músicas.
Faz umas duas semanas que fui a uma festa, onde tocou muita música boa: Bee Gees, ABBA, Creedence, entre outros grupos musicais do pop rock anos 70 e 80, alguns nacionais também tocaram. A festa inteira, mista entre jovens, de 18 a 25 anos, e adultos, que chegavam, na festa, até aos 70 anos, se divertiam unidos por aquelas músicas, que pareciam nos deixar com a mesma idade. Todos cantavam e dançavam. Passada uma semana da festa, reencontrei-me com algumas pessoas em um aniversário, onde se aproximando do fim, estávamos sentados, conversando, e a música que tocava se não me falha a memória era alguma do Bee Gees, começamos a comentar as músicas antigas, e o porquê do sucesso atual de músicas que estão a mais de 20 anos nas rádios.
O que temos hoje praticamente não é música. São simplesmente batidas, atordoantes, muitas vezes. É um som legal, numa festa até é bom dançar uma música eletrônica, ou se divertir com um funk, mas, não me peçam para eu estar na minha casa, escrevendo este texto, e ouvindo uma destas “loucuras”. Tenho muitos amigos que fazem isto, escutam “batidas” o tempo todo. Isto não é música!
Música sem letra, sem melodia, é som, é “batida”. Por isto é que quem gosta de música, independente da idade, não fica procurando a musica nova, e pior, criticando uma musica de um, dois anos atrás, dizendo “bah, essa aí é velha!”. Música boa não envelhece. Quem gosta de uma música por que ela é nova e não gosta de outra por que ela é velha, não sabe o que é música e não gosta de música, gosta de moda. Quem gosta de música, não critica estilo musical, não gosta só de um estilo, por que música boa tem em vários estilos musicais. Quem gosta de música sabe que também existem músicas antigas ruins, e que nem tudo que é novo é ruim, mas infelizmente cada vez mais, menos músicas são criadas, e mais destes sons são lançados. Não pensem que não gosto desses sons, eu gosto, eu curto, vocês podem me encontrar numa festa que eu vou estar me divertindo com estas “batidas”, mas eu sei que elas não são músicas.