sábado, 27 de março de 2010

A foto do orkut.

Nunca fui uma dessas pessoas que ficam remexendo o orkut, olhando tudo sobre a vida dos outros, bem pelo contrário, sempre entrei no orkut para responder recados dos amigos, as fotos que olho são de algum lugar que eu fui, uma festa ou uma viagem e só. Esta semana, porém, inventei de “fuxicar” no orkut, e fui indo, clicando nas fotinhos eu ia pulando de amigo em amigo. No meio dessa andança me deparei com uma foto, acho que uma das fotos que mais me chamaram a atenção, de uma pessoa que tenho um carinho muito grande.
A tal foto, em branco e preto, me passou uma sensação muito boa, e fiquei por alguns instantes analisando aquela paisagem. Uma coxilha, um mate, o frio somado ao vento, e o silêncio de um rosto tranqüilo e feliz. Neste instante, lembrei da pessoa da foto, tentando encontrar um momento que eu tivesse presenciado em que ela estivesse com a mesma tranqüilidade e felicidade, quando encontrei em pensamento essa cena, fiquei feliz também, lembrando daqueles momentos. Então segui clicando, e tentando buscar fotos de outras pessoas que gosto, para tentar encontrar de novo um momento de felicidade olhando para uma foto. Até parece estranho, mas consegui ficar um bom tempo sorrindo sozinho olhando as fotos dos amigos. Quando terminei fiquei pensando como pode uma foto nos passar uma energia tão boa, como aquelas fotos haviam me passado.
As fotos realmente transmitem emoções, gostamos tanto de algumas pessoas, que quando vemos fotos delas felizes, imaginamos que elas estejam felizes, e, já que gostamos delas, ficamos felizes também, contagiados por aquela fotografia. Talvez por isso que muitas pessoas ficam remexendo o orkut, e olhando tudo sobre a vida dos outros, como falei lá em cima. Talvez, elas precisem buscar um sorriso numa foto para se sentirem melhor, para matar a saudade de alguém que está longe. Até a voz se escuta olhando a foto de alguém.
Gostei muito de ver aquelas fotos, e assim relembrar momentos agradáveis. Isso faz bem. Experimentem entrar no orkut e buscar por fotos de pessoas queridas, que vocês gostem, e tentem lembrar de momentos agradáveis junto a estas pessoas. Matar a saudade dos amigos nunca é demais. E as fotos podem ao menos diminuir a saudade que temos. As fotos nos permitem, assim como um livro, viajar nos pensamentos, a diferença é que o livro fala dos personagens, e as fotos, das pessoas que conhecemos e queremos bem.

Tem que haver solução.

Eu havia comentado, logo após o termino do carnaval sobre a necessidade de ser instalado um pequeno posto da Brigada Militar na praça em função das brigas ocorridas. Cada vez mais se mostra necessário este posto, a bola da vez é o vandalismo que deve ser matéria dos jornais dessa semana. O absurdo que ocorreu esta semana, onde ao amanhecer, São Pedro do Sul viu um dos bancos da praça central pendurado na caixa d’água. Isto é o cúmulo da falta de respeito, o auge da loucura que habita as cabeças destas pessoas que optam por viver esta vida noturna, como vândalos arruaceiros, provavelmente bêbados e drogados, já que eu não consigo acreditar que alguém em sã consciência seja capaz de realizar tamanha indecência. Sem contar que os outros bancos que ainda não deram uma de macaco estão, na sua maioria, depenados, riscados, “assinados”.
Infelizmente esta situação não parece ter um fim próximo, acredito que por descaso das nossas autoridades, que deviam prezar pelo bem do patrimônio público, e não só o patrimônio físico, mas sim também o patrimônio moral dos cidadãos são-pedrenses, que tem de conviver com estes fatos, e pior do que isto, com estes indivíduos que não tem a vergonha, pelo contrário, parecem gostar de mostrar que estão fazendo coisas erradas, como se estivessem certos, sem nenhum medo.
Sinceramente eu não sei como nem quando serão findos estes ocorridos, só espero que não seja necessária alguma tragédia para que as providências sejam tomadas. Este caso, que passa dos limites da aceitação (e da lei!), merece mais atenção.

Todo mundo veio pro Rodeio!

Não posso deixar em branco um fato que faz parte do Cotidiano são-pedrense. Já é tradição na semana de aniversário do município o Rodeio Crioulo do CTG Rincão de São Pedro, que já está na 29º edição. Gostaria de deixar a dica para vocês prestigiarem o evento, que ainda terá show com Ênio Medeiros no sábado à noite. Parabéns à Patronagem e à Invernada Campeira do CTG, que sempre multiplica esforços para fazer deste, um grande rodeio.

domingo, 14 de março de 2010

Música não é só som.

Sempre tive um gosto musical diferente. Mesmo carregando poucos anos de idade, meus ouvidos parecem que já estavam vivos há muito tempo. Apreciando músicas de quase todos os estilos, e todas as faixas etárias. Meus amigos muitas vezes achavam graça quando chegavam à minha casa e eu estava a ouvir um samba antigo, ou outra música a qual eles não conheciam muito bem. Porém, estas músicas são sim conhecidas pelos jovens (e muitos!), não são poucos os que inclusive gostam destas músicas.
Faz umas duas semanas que fui a uma festa, onde tocou muita música boa: Bee Gees, ABBA, Creedence, entre outros grupos musicais do pop rock anos 70 e 80, alguns nacionais também tocaram. A festa inteira, mista entre jovens, de 18 a 25 anos, e adultos, que chegavam, na festa, até aos 70 anos, se divertiam unidos por aquelas músicas, que pareciam nos deixar com a mesma idade. Todos cantavam e dançavam. Passada uma semana da festa, reencontrei-me com algumas pessoas em um aniversário, onde se aproximando do fim, estávamos sentados, conversando, e a música que tocava se não me falha a memória era alguma do Bee Gees, começamos a comentar as músicas antigas, e o porquê do sucesso atual de músicas que estão a mais de 20 anos nas rádios.
O que temos hoje praticamente não é música. São simplesmente batidas, atordoantes, muitas vezes. É um som legal, numa festa até é bom dançar uma música eletrônica, ou se divertir com um funk, mas, não me peçam para eu estar na minha casa, escrevendo este texto, e ouvindo uma destas “loucuras”. Tenho muitos amigos que fazem isto, escutam “batidas” o tempo todo. Isto não é música!
Música sem letra, sem melodia, é som, é “batida”. Por isto é que quem gosta de música, independente da idade, não fica procurando a musica nova, e pior, criticando uma musica de um, dois anos atrás, dizendo “bah, essa aí é velha!”. Música boa não envelhece. Quem gosta de uma música por que ela é nova e não gosta de outra por que ela é velha, não sabe o que é música e não gosta de música, gosta de moda. Quem gosta de música, não critica estilo musical, não gosta só de um estilo, por que música boa tem em vários estilos musicais. Quem gosta de música sabe que também existem músicas antigas ruins, e que nem tudo que é novo é ruim, mas infelizmente cada vez mais, menos músicas são criadas, e mais destes sons são lançados. Não pensem que não gosto desses sons, eu gosto, eu curto, vocês podem me encontrar numa festa que eu vou estar me divertindo com estas “batidas”, mas eu sei que elas não são músicas.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Os braços e as pernas mais importantes do homem.

“Se Deus criou algo melhor que a mulher, guardou para si.” Nenhuma outra frase fala de forma mais bonita e completa o significado das mulheres para nós, os homens, que temos que concordar, e até os mais machistas concordam, ao menos em pensamento, que dependemos e que não vivemos sem ao menos uma mulher ao nosso lado nas diferentes etapas das nossas vidas. Porém seria chato e cansativo se eu ficasse aqui recorrendo esses cargos femininos de mães, amigas, esposas e filhas. É sempre a mesma homenagem. As mesmas palavras. Brinquei, sábado à noite, que este breve texto seria uma piada machista, que fala da criação da mulher de forma diferente. Então vou contar a verdadeira história de Eva (já que a que todos sabem não é a correta!).
Adão estava no paraíso, solito e desanimado. Diferente do que fala a história ele era um homem alto, forte, tinha quatro braços e quatro pernas, como todo homem teria se aquela proposta não tivesse sido mudada. Vendo sua solidão, Deus falou para Adão: - Meu filho, eu tenho uma proposta pra ti. Vou criar a mulher. Eva, como se chamará, será linda, meiga, carinhosa, delicada, não irá te contrariar nunca, te respeitará, será tua subordinada, lavará, passará, cozinhará, e ficará em casa, sempre a tua espera. Nunca terá a ambição de igualar-se a ti, será inteligente, por isto, para manter a tua força, ela terá só dois braços e duas pernas. Porém, esta criação dependerá do teu sacrifício, quero uma costela tua. Neste momento, Adão abriu um sorriso, e disse ao nosso Pai: - Senhor, só por metade de tudo isto que falaste já te entregaria um par de braços e outro de pernas. Esta é a minha vontade.
Deus concordou. Adão passou a ter apenas dois braços e duas pernas, como Eva, além de não perder nenhuma costela. Eva foi criada sem esta “perfeição machista” que Deus propunha na história. E sem dúvida, ela não seria tão apaixonante se fosse “perfeita” e “subordinada”. Parabéns mulheres, sem dúvida nenhum braço e nenhuma perna a mais seria mais importante do que a presença de vocês nas nossas vidas.


- TEXTO EXCLUSIVO DO BLOG -

O outono está chegando.

Essa semana um amigo me procurou, estava precisando de ajuda. Tinha uma dúvida. Estava encantado por duas mulheres e não sabia qual rumo tomar. Prontamente disse a ele que se estivesse à procura de algo sério, um relacionamento mais “firme”, que escolhesse a que fosse mais sua amiga. Justifiquei que em relacionamentos concretos é de grande valia a existência da amizade. Nesse momento pensei no outono.
Sempre ouvimos dizer que a estação do amor é a primavera. E é. Mas a estação do caminho do amor só pode ser o outono. Só notamos as folhas das árvores quando elas caem, no outono. Na primavera nós nos encantamos com a beleza das flores e acabamos esquecendo das folhas que nos acompanham na maioria do ano, como pessoas amigas que nos fazem sombra, mas nós não percebemos como são encantadoras estas folhas. Nos amores é muito parecido: quando gostamos de alguém nos cegamos de amor, dando valor e importância somente para aquela pessoa, e esquecendo de quem nos gosta e que está conosco todo o tempo, como folhas. Quando tiramos esta venda que nos cega, notamos estas folhas, mas na maioria das vezes é tarde, pois elas já caíram.
O caminho do amor não é algo simples, salvo algumas exceções, é claro. Mas no geral, é sofrido, é angustiante. E assim é o outono, seco, sem muita cor, retratando bem os nossos sentimentos quando percebemos que as flores não estão mais ali, e que as folhas também caíram. Quem sabe se déssemos mais valor às folhas elas não cairiam das copas, tendo em vista que esse ato só ocorre para que as notemos em algum momento. As folhas merecem mais, e se não valorizarmos as folhas, certamente nos arrependeremos adiante. Os maiores amores nascem de amizade. Voltando ao meu amigo, espero que ele faça o certo, que valorize a sua folha, para não perdê-la. O outono está chegando.