segunda-feira, 21 de junho de 2010

É saudável e divertido.

Acontece toda semana, normalmente duas vezes, na terça e na quinta para ser mais preciso, mudando apenas se existir algum impedimento na data de costume. Os nomes variam de acordo com os compromissos de cada um, mas todo dia de jogo os times estão completos, nem que seja preciso pedir para alguém preencher a vaga. De acordo com a sorte os times são divididos, camisas claras contra camisas escuras. Pronto, assim começa o futebol dos amigos.

Qual pessoa do sexo masculino pode dizer que nunca teve uma turma pra jogar bola? São poucos que não tiveram este privilégio. Mesmo quando criança numa área da casa, ou mesmo na rua onde cada gol era sinalizado por um grande barulho causado pela batida da bola na garagem do vizinho, e nesse período até as gurias jogam bola, umas mal, e umas muito bem, como uma amiga que sempre fazia grandes jogadas e bonitos dribles. Mais tarde começam os jogos no colégio, com a turma de aula. Mais tarde os vizinhos se juntam com os colegas e a reunião futebolística passa a ser em um lugar combinado e fora do colégio, e assim perdura, para alguns até os joelhos não agüentarem mais. O futebol amador, o futebol de amigos abrange pessoas de 10 anos até 50, 60, que jogam juntos e que brigam. Porém a briga do futebol é do futebol, todo jogo de amigo ocorre uma discussão, uma reclamação com a marcação, um palavrão ou outro seguido de um “assim não dá!”. Coisas que são detalhes, que não enfeiam o prazer de jogar bola com os amigos.

Eu fico feliz por ter passado estas etapas, ter meus amigos de infância, meus vizinhos, do tempo que o muro bege da antiga área da minha casa já não era tão bege de tantos chutes diários. Dos jogos no campinho do Clube do Comércio, grandes clássicos, até com técnicos e uniformes. A fase do pavilhão, onde a briga em casa era pelo intenso uso do telefone convidando os amigos para o jogo. Agora os nossos bons jogos das terças e quintas na AABB, onde no fim do jogo cria-se o espaço para a risada, as histórias de cada um, a maioria delas, destas outras etapas, histórias de jogos no colégio, na rua. Enfim o futebol é um esporte, mas não é só um esporte, é uma maneira de aprender, de manter amigos, de fazer novos amigos e principalmente de se divertir.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Boas novas da FEMASP, vamos aproveitar e prestigiar.

Começou a FEMASP e começou a Copa da África. Quinta aconteceram as duas aberturas oficiais destes dois eventos que movimentam São Pedro, claro que o segundo movimenta o Mundo, mas no nosso país muitas coisas param com o início do Mundial. Mas falemos mais da nossa Feira. Que chega à sua vigésima primeira edição, e chega bem. Muita organização, muita acessibilidade, boas atrações, a volta do comércio regional e outras coisas.

As vantagens disto: a organização deste ano até agora evita reclamações, lugar, trânsito dentro e fora, a praça de alimentação com corredor facilita bastante, a segurança reforçada, não existe reclamação. As atrações parecem boas, no dia da abertura a tão esperada “Dança” deixou sim a desejar, pelo menos o comentário de que se esperava mais era bem grande, por quem conhece e também por quem não conhece de dança. Mas foi apenas um detalhe negativo, que foi salvo e bem salvo pelo bom show dos ”Monarcas” um grande e satisfatório presente da feira para seus visitantes, já que foi gratuito. Um presente muito bom mesmo. As próximas atrações são bastante conhecidas na região e a expectativa é grande. A acessibilidade que falo é a valores. Os preços da feira não são caros, tanto os dos shows como o da entrada, pensem no tumulto da feira se fosse gratuita a entrada, ninguém conseguiria visitar as lojas com calma, ou com a calma de quem vai às compras. Porém a melhor novidade para a população é a volta do comércio regional, não só o comércio municipal, tudo bem, há quem diga que seria melhor, que devemos dar valor ao comércio de São Pedro. Entretanto a feira só com o comércio local, torna-se inútil e, se facilitar, até pode trazer prejuízos aos comerciantes. Sempre existiu o comentário que o comércio local vai à feira para vender as mesmas coisas que vende em suas lojas espalhadas pelas ruas e com um acréscimo no preço.

Todos estes fatores podem fazer desta edição uma das melhores da feira, ao menos nos últimos tempos, outra coisa que chamo a atenção é a cortesia para os camarotes, como o do LEO Clube que tem uma oportunidade na feira de mostrar seu trabalho, o das rádios que divulgam a feira, e estão em tempo real entrevistando os visitantes e expositores, isto não é novidade na feira, mas é muito importante agradecer o gesto, que só faz as entidades da cidade unirem-se mais. Esperamos que no final da feira a palavra que corresponda seja “sucesso”, que todos os comerciantes tenham bons negócios e aos visitantes boas compras, aproveitem bastante. Voltando à Copa do Mundo, falta ainda um mês para o seu final, diferente da feira que acaba no domingo, mas também esperemos sucesso e mais um título para a nossa Seleção. Bom final de semana à todos, nos vemos na FEMASP.

domingo, 6 de junho de 2010

Costume Involuntário.

Somos humanos e é do nosso ser errar. Uma das formas mais grosseiras de erro é a não valorização, a não valorização das coisas e principalmente das pessoas. É costume dar valor ao que nos falta, e só damos valor ao que temos quando perdemos. Liberdade, dinheiro, amigos, são tantos os exemplos do que sentimos falta quando perdemos, porém o exemplo mais comum é o amor. Esse sim é um grande causador de não valorização.

Isso se comprova com uma antiga frase, que não tem uma forma única de ser escrita, mas o seu sentido não é afetado por qualquer alteração verbal: “Teimamos em gostar de quem não nos gosta, tanto quanto gostamos de desprezar (não valorizar) quem nos ama.” É claro que não é uma regra, mas, sem dúvida quase todos nós já cometemos esse erro. Todos nós alguma vez já nos visualizamos dentro do conhecido poema da Lili, aquela coitada que amava o Raimundo que amava a Maria que amava o Pedro que amava Fernanda que não amava ninguém. Esse poema pode ser considerado o poema do amor verdadeiro, nada de conto de fada. Como já disse antes, o amor não é primavera, é outono. Não são flores, ou não são só flores. Esse poema nunca perde a validade. Sempre existirão as vítimas do amor, ou do desamor. As vítimas da não valorização. O Raimundo só vai dar bola pra Lili quando ela já estiver com a cabeça no J. Pinto Fernandes, aquele que ainda não estava na história. E nessa altura a Maria que já havia se dado conta que o Raimundo era importante pra ela, acaba por dar valor tarde demais para o pobre. E assim é, e sempre será. Eu que já cometi este erro - já amei sem ser amado e já fui amado sem amar - não conseguia entender como nós conseguimos sofrer tanto a mando do coração. Parece que gostamos desse sofrimento, gostamos de não valorizar quem nos ama.

Nós gostamos de ser amados fingindo não amar. E amamos quem não nos ama com uma falsa repulsa. É impressionante como fazemos isso sem nem sequer notar, é um costume. E esse é o erro. Fingimos. Só assumimos amar quem nos ama quando quem nos ama já não nos ama mais. Um dia alguém não vai fingir. Alguém já não fingiu, existe o amor recíproco. Eu espero um dia não fingir e amar sendo amado. É difícil, já que esse fingimento não é voluntário. Mas enquanto isso fiquemos ainda amando quem não nos ama e nos enquadrando no poema do Carlos de Andrade. Felizes são os que já não fingem mais.

terça-feira, 1 de junho de 2010

"Formatura da Boina" - Exclusivo BLOG

Este é o nome da Cerimônia que fui Sexta passada pela manhã, um evento muito bonito, onde cerca de 500 Soldados e Alunos receberam a Boina "Preta", entre aspas porque a Boina do NPOR é azul para diferenciar. Depois fomos recebidos no Cassino dos Oficiais, para um lanche, onde estava passando um vídeo do "Campo". Antes do desfile, um Oficial falou sobre a história da Boina, e após as mães (ou equivalentes) colocaram a Boina nos seus filhos.

Parabéns denovo aos meus amigos, que ainda receberam o privilégio da primeira foto deste Blog, hehe:

Artilheiros William Lazzarotto e Matheus de Moraes, respectivamente, e eu.

Falta incentivo e amor à nação.

Ontem fui à uma cerimônia de entrega de boina, não sei bem como se chama, mas sei que o importante é a entrega da boina, e infelizmente também não sei como foi, tendo em vista que estou escrevendo este texto antes de ir. Dois amigos meus receberam a boina do NPOR(Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva), no Regimento Mallet, em Santa Maria. Eu, que não servi, tenho muitos amigos no exército e fico de certa forma encantado em ver como eles gostam, querem sempre mostrar o que eles fazem, os hinos que eles cantam, como marcham, como se apresentam e assim por diante. O que me fez pensar, esses dias, que falta incentivar ás crianças gostarem do exército, falta nacionalismo. Até mesmo pela força do nosso tradicionalismo gaúcho, o amor a nação é deixado de lado. Tanto que inúmeras vezes observamos, orgulhosos, a falta de respeito que torcedores gaúchos cometem, ao, no momento do Hino Nacional, entoarem o Hino Rio-grandense “abafando” o nacional.

Não tenho conhecimento se em algum lugar o exército faz exposições e amostras das atividades. Mas penso que deveria fazer. Deveria mostrar que o quartel é uma coisa boa, é um aprendizado para os jovens. E mais, além de simplesmente servir, existem outras opções de ingressar no exército, o NPOR, a EsSA (Escola de Sargentos das Armas), EsPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército), esta última um concurso mais concorrido que os vestibulares de medicina em universidades federais. A questão é que muitos jovens nem sequer conhecem estas opções, se tivessem este conhecimento poderiam tentar a carreira militar, que proporciona além de todo o conhecimento, a possibilidade de morar em outros lugares, conhecer novas culturas, novas pessoas.

Eu nunca quis servir, por achar que o exército não era uma cosia boa. Hoje, vendo meus amigos, acredito que o serviço militar é uma etapa da vida que não vou passar, e que no futuro sentirei certo arrependimento. Acredito que este incentivo deveria ser dado, que alguma exposição deveria ser realizada, principalmente em colégios de Ensino Médio, onde os jovens se aproximam do alistamento. Tenho certeza que se isso acontecesse, o ingresso ao exército seria visto de uma maneira muito melhor. E seria muito difícil encontrar alguém que não quisesse servir. Parabéns aos meus amigos que ontem ganharam a boina. Espero que a cerimônia “da boina” seja muito bonita. No blog vou postar um pequeno texto contando da cerimônia, e com o nome dela, já que não acredito que seja simplesmente “da boina”.