sábado, 31 de julho de 2010

Um pulinho na fronteira.

Não faz muito tempo que Santana do Livramento era um destino de poucos são-pedrenses e em poucas vezes no ano. Antes, se guardava dinheiro para comprar algo específico, um item que valia a pena se deslocar do centro do estado até a fronteira. O tempo foi passando e a ida ao Uruguai ficou cada vez mais comum e cada vez mais freqüente. Vinhos, Whiskys, Queijos, Eletrônicos, Artigos em lã e muito mais, muito mais barato. Estes são os principais fatores de intenso comércio da cidade, que recebe por dia milhares de compradores.

No nosso estado, todas as cidades conhecem Livramento, algumas mais que as outras têm o costume de ir com mais freqüência, mas a nossa, em especial me chamou muito a atenção. Esta terça-feira última estive em Rivera. Terça não era feriado em São Pedro, era um dia comum e mesmo assim um número bastante expressivo de são-pedrenses estava lá, que eu pude ver: vinte e nove. Acredito que ainda não devo ter visto todos. Mesmo assim, vinte e nove já é um número bastante significativo, para uma cidade que não chega a vinte mil habitantes. Lembra-me muito uma questão de física, mais precisamente de arremesso, já que cidades com muito mais habitantes, porém mais longes (ou até mais perto), ou as cidades menores, e mais próximas não vão à Rivera com um número como o nosso. A nossa cidade seria o arremesso a 45º.

Agora o que leva tanto nossa cidade até lá? Porque vamos tanto e com tanta intensidade ao Uruguai? Só penso numa resposta: São Pedro é uma cidade que gira muito dinheiro e que tem uma população bastante consumista, que felizmente pode consumir. Nossa cidade não é pobre como as outras, ao menos não tanto. Nossa cidade é motivo de orgulho. Pois proporciona á muitos, com trabalhos comuns, existentes em todas as outras cidades, o poder de compra, um bom poder de compra.

Santana do Livramento é logo ali, Rivera é logo ali e cada vez mais parece estar mais perto.

domingo, 25 de julho de 2010

Mais um trabalho para o bem.

Alguns dias atrás eu estive na Escola Estadual Hilda Koëtz, representando o LEO Clube, na solenidade de formatura a Primeira Turma de Alunos Guias, o projeto da escola “Trânsito Seguro”, que em conjunto com a Brigada Militar, com o apoio da Prefeitura, do Lions Clube e do LEO Clube tem como objetivo principal controlar o trânsito da Avenida Walter Jobim, no trecho em frente à escola, durante a entrada e saída dos alunos. Os Alunos Guias estarão dando informações aos motoristas, entregando panfletos, sempre destacando atitudes corriqueiras que são deveres de todo motorista, como não falar ao celular, não fumar, usar o cinto de segurança, respeitar o limite de velocidade no trecho, sempre acompanhados de um Policial Militar.

Entretanto, o mais importante deste projeto, além da conscientização do motorista, é a conscientização destes alunos que participarão do projeto. A melhor forma de um jovem ser conscientizado é ele saber o que deve ser feito e poder conscientizar, ou seja, eles terão de dar o exemplo, tanto como Alunos Guias como alunos dentro da escola, tendo que manter um bom desempenho no boletim, sem contar da boa educação, respeito tanto com os professores e funcionários da escola quanto aos demais colegas. Durante alguns instantes na solenidade, o Comandante da Brigada Militar da nossa cidade fez uso da palavra, e foi uma felicidade imensa ouvir que a Brigada Militar de São Pedro está trabalhando para qualificar um dos integrantes do efetivo, que além de qualificado, precisa se disponibilizar voluntariamente, para que assim possa voltar a ativa o Projeto PROERD (Programa Educacional de Resistência ás Drogas e a Violência). Este projeto, já foi comentado aqui nesta coluna como sendo um auxílio na formação de crianças e adolescentes tendo como objetivo afastá-las do meio das drogas e da violência.

Seria muito bom se a volta deste projeto fosse alcançada. Mas enquanto não o temos, vamos colaborar com o Pelotão Mirim, e com este novo projeto “Trânsito Seguro”, Que os motoristas de São Pedro dêem a atenção para os Alunos Guias, respeitem o direito que esses jovens conquistaram de conscientizar, ele se sentirá valorizado, e assim, terá com ele um valor pro resto de sua vida. Os jovens precisam receber confiança de quem os rodeia. Quem recebe confiança tenta, ao máximo nunca decepcionar. Quem não recebe confiança pode frustrar-se e seguir um caminho que não é o mais adequado, ou pior, um caminho que não é nada adequado.

sábado, 24 de julho de 2010

Mais um trabalho para o bem.

Alguns dias atrás eu estive na Escola Estadual Hilda Koëtz, representando o LEO Clube, na solenidade de formatura a Primeira Turma de Alunos Guias, o projeto da escola “Trânsito Seguro”, que em conjunto com a Brigada Militar, com o apoio da Prefeitura, do Lions Clube e do LEO Clube tem como objetivo principal controlar o trânsito da Avenida Walter Jobim, no trecho em frente à escola, durante a entrada e saída dos alunos. Os Alunos Guias estarão dando informações aos motoristas, entregando panfletos, sempre destacando atitudes corriqueiras que são deveres de todo motorista, como não falar ao celular, não fumar, usar o cinto de segurança, respeitar o limite de velocidade no trecho, sempre acompanhados de um Policial Militar.

Entretanto, o mais importante deste projeto, além da conscientização do motorista, é a conscientização destes alunos que participarão do projeto. A melhor forma de um jovem ser conscientizado é ele saber o que deve ser feito e poder conscientizar, ou seja, eles terão de dar o exemplo, tanto como Alunos Guias como alunos dentro da escola, tendo que manter um bom desempenho no boletim, sem contar da boa educação, respeito tanto com os professores e funcionários da escola quanto aos demais colegas. Durante alguns instantes na solenidade, o Comandante da Brigada Militar da nossa cidade fez uso da palavra, e foi uma felicidade imensa ouvir que a Brigada Militar de São Pedro está trabalhando para qualificar um dos integrantes do efetivo, que além de qualificado, precisa se disponibilizar voluntariamente, para que assim possa voltar a ativa o Projeto PROERD (Programa Educacional de Resistência ás Drogas e a Violência). Este projeto, já foi comentado aqui nesta coluna como sendo um auxílio na formação de crianças e adolescentes tendo como objetivo afastá-las do meio das drogas e da violência.

Seria muito bom se a volta deste projeto fosse alcançada. Mas enquanto não o temos, vamos colaborar com o Pelotão Mirim, e com este novo projeto “Trânsito Seguro”, Que os motoristas de São Pedro dêem a atenção para os Alunos Guias, respeitem o direito que esses jovens conquistaram de conscientizar, ele se sentirá valorizado, e assim, terá com ele um valor pro resto de sua vida. Os jovens precisam receber confiança de quem os rodeia. Quem recebe confiança tenta, ao máximo nunca decepcionar. Quem não recebe confiança pode frustrar-se e seguir um caminho que não é o mais adequado, ou pior, um caminho que não é nada adequado.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O tempo não pára, mas ele também não voa.

Sempre ouvimos dizer que o tempo começa a passar mais depressa à medida que ficamos mais velhos, e isso é parcialmente uma verdade. Parcialmente, porque temos a impressão nítida de que ele realmente passa. Impressão! Encontrei-me essa semana com uma pessoa que não via há mais ou menos uns cinco anos e me dei conta de que essa impressão nos toma conta de tal forma, que não percebemos, e por isso acreditamos que é o tempo que passa mais rápido.

Exemplo fácil dessa falsa impressão é a simples mudança de turno, para uma criança que está no colégio. Quando ela estuda pela parte da manhã, a semana demora a passar, e quando estuda à tarde, mal começa a semana, e logo já é sexta-feira. Não é assim? E porque é assim? Porque temos essa impressão? E porque quanto mais idade temos, mais rápido parece? Rotina. Entramos em uma rotina e por isso não vemos o tempo passar.

Quando crianças, se estudarmos de manhã, temos a tarde livre. Brincamos, corremos, jogamos bola, vamos um dia na casa de um amigo, outro dia na casa de outro amigo, sempre fazendo coisas novas e diferentes. Se estudarmos à tarde, dificilmente aproveitamos a manhã, e quando chegamos em casa, vindos da aula, não temos tanto tempo para fazer as coisas novas e diferentes que tínhamos antes. Após, quando saímos da escola, dividem-se os que optam por seguir estudando, e os que começam sua jornada no mercado de trabalho. Independente da escolha o tempo parece diminuir mais, passar mais rápido. Se trabalharmos, faremos nossa função oito horas por dia, entraremos em uma rotina, uma mesmice, que, quando se acostuma com ela, o tempo voa. Se seguirmos estudando, também aumentaremos nosso tempo rotineiro. Se fizermos os dois então, trabalhando de dia e estudando durante a noite, como em muitos casos, estaremos em total sistema de rotina, guardando nossos finais de semana, que seriam a única opção de descanso e lazer, para eventuais trabalhos extras. Até mesmo as nossas férias entram nesse esquema de tempo que passa rápido. Se fizermos, nas férias coisas diferentes a cada dia, teremos a percepção de que o mês foi longo. Se simplesmente ficarmos em casa, assistindo à TV, logo estaremos de volta às atividades normais e o tempo terá passado muito rápido.

Cinco anos é muito tempo. Muita coisa muda, muita coisa pode ser feita. Muitas pessoas nós conhecemos, muitas “desconhecemos”, e quando conversamos com essas pessoas, e as questionamos, ou somos questionados, sobre o que temos feito, nunca aparecem novidades, nem pra falar, nem pra ouvir. Estamos na mesmice. Pra maioria, cinco anos passa muito depressa. Vamos aproveitar nosso tempo livre para variar, chega de ter a “obrigação” de assistir o Jornal e a Novela. Assim, a velha expressão do “parece que foi ontem”, vai sair um pouco do nosso cotidiano, que por sua vez, vai ser repleto de novidades e repleto de tempo, e este vai parecer estar sempre nos esperando para algo novo.

Não tem título para o que ele fez.

Um bom salário, ídolo da torcida, capitão e líder do time. Os últimos dias nos trouxeram à tona um verdadeiro escândalo dentro do futebol. O “Caso Bruno” está chamando a atenção de todo o mundo, e não pelo fato do seqüestro/assassinato, mas sim por ter sido encomendado por um jogador de futebol bastante conhecido e querido pela torcida do Flamengo do Rio de Janeiro. Porém, esse atleta não deve ser uma pessoa normal, ele há de ter algum distúrbio, algum desvio. Ele deve ser doente, louco.

Não se têm outra explicação para o ato cometido pelo goleiro. Não foram más amizades que o levaram a mandar matar a amante, tão pouco a pressão que a vítima poderia estar exercendo sobre ele, com o intuito de receber pensão alimentícia ou qualquer outra coisa, nada explica. Esse desvio de conduta do Bruno já deveria ter sido analisado. Ano passado, quando no Flamengo, o atacante Adriano foi acusado de bater na namorada, o goleiro em entrevista, tentando amenizar a situação e dar apoio ao colega fez uma declaração muito infeliz: “Quem de nós nunca perdeu a paciência e soltou a mão na nossa mulher?”.

Agora acontece este assassinato, de uma frieza inigualável. Repulsa-me só de imaginar a cena do desosso. Sem contar, que não é de se duvidar de que este “neném” deve ter ainda abusado desta mulher, talvez o “macarrão” também tenha. O que não passou Eliza em seus últimos instantes? Rodeada por loucos, doentes, sem escrúpulos. É nojento pensar neste caso. É revoltante. E a doença desse atleta é a única explicação para tal atitude tão covarde. Mãe do seu filho. Não lhe faltava dinheiro para não poder ajudar mensalmente esta mulher, por mais que esse fosse o único interesse dela, ter um filho com ele, por conta do dinheiro, ele não podia ter feito o que fez. Como disse: nada justifica. Nem um pobre, que realmente não possa pagar esta pensão tem o direito de fazer isto. É uma vida. Um crime.

É muito triste ver o fim de uma carreira que poderia ser tão bonita deste jeito. Mas que todos entendam que a carreira desse goleiro não acabou pelo crime, mas sim pelo motivo o qual o levou a encomendar esta barbárie. Doença, desvio. Prisão e tratamento ele precisa. E para o carneador, não existe no Brasil nada que ele mereça, nossa justiça será muito boa pra ele, seja qual for a decisão tomada.

Eleições: A Copa das urnas.

Assim como a Copa, as nossas eleições Presidenciais ocorrem a cada quatro anos. No entanto, são poucos os políticos que se empenham durante o período sem eleição, diferente dos jogadores que tem de dar seu melhor visando à convocação, e depois de convocados ainda são duramente criticados, eles e o técnico que o convocou. As eleições, de certa forma, não passam de uma convocação, onde nós somos quem convocamos. As únicas diferenças entre a eleição e a copa neste sentido são: uma, os jogadores só jogam antes de serem convocados (na sua maioria) em uma, e depois da convocação na outra. Duas, o técnico é criticado por sua convocação em uma, e na outra os técnicos cometem grandes erros e ninguém os critica.

O grande problema é que a Copa é relacionada ao esporte, e a eleição ao futuro do nosso país, e infelizmente a Copa é levado muito mais a sério do que as eleições. Candidatos pernas-de-pau por todo lado se elegendo como craques. Cartolas corruptos que não estão nem aí para o povo, que os colocaram onde estão. Agora veio o “Ficha Limpa”, espero que mude alguma coisa, mesmo tendo um pé atrás com este projeto. Não consigo crer que seja tão bom. Se fosse não teria sido aprovado tão rapidamente. É meio estranho pensar que não se pode convocar nenhum jogador que tenha tomado um cartão vermelho, até porque estes SEMPRE são convocados. Fico muito na dúvida quanto a este projeto, mas torço para que traga a nossa política pra frente.

Finalizando, espero que todos nós, técnicos desta seleção de políticos pensemos bem na hora da convocação, porque, diferente da Copa, que vivemos em apenas um mês, estes jogadores entrarão em campo durante quatro anos. Quatro anos na fila não é nada comparado a quatro anos de mau governo. Maus jogadores na seleção não são nada comparados a maus políticos no poder. Uma pessoa chamada de “burra” não é nada comparada a milhões chamados de “burros”.

Copa do Mundo por outros olhos.

Escrevo este texto pouco antes de assistir a partida entre Brasil e Portugal num canal alternativo ao que de costume assistimos futebol. Este canal tradicional na vida dos brasileiros insiste em querer ser mais que os outros de uma forma arrogante inclusive, ninguém pode contestar este canal, caso contrário eles usam do poder de influência que a sua mídia possui para de certa forma “queimar” a imagem de quem os “fere”.

O Dunga nestes últimos dias esteve muito irritado com alguns jornalistas da emissora, todos nós acompanhamos as criticas ao técnico da Seleção, porém, desta vez, por mais que o Dunga tenha ultrapassado o limite da decência com as palavras (e pedido desculpas depois!), a emissora o criticou muito, querendo colocar o brasileiro contra o técnico. Tentativa visível. Quando ao final da matéria o repórter avisa que a emissora torce pelo Brasil, independente do comandante da equipe. Ou seja, mesmo não concordando com o técnico, torce pelo Brasil, mas deixa claro que não gosta do técnico e não o apóia, afirmação desnecessária, mesmo que não gostem do Dunga, assim como não gostavam do Felipão, eles terão, mais uma vez, que engolir este gaúcho. Seremos hexa-campeões. E eu não olharei mais jogos desta copa nesta emissora “anti-sul-riograndismo”. Na internet está rolando a campanha para que ninguém olhe os jogos do Brasil nesta emissora, que procurem a segunda na audiência e façam cair os pontos desta emissora, para que eles saibam que nós ainda temos controle de nossos sentimentos e decisões, que nós apoiamos a Seleção, nós apoiamos o técnico da nossa Seleção, podemos não concordar com uma escalação ou outra, mas o apoiamos. Esta emissora é tão cega e orgulhosa que eu já estou acreditando que torcem contra nossa Seleção simplesmente para ver a queda deste treinador.

Não vou dizer que esta não é a melhor emissora. Ela é. As outras não chegam aos seus pés em qualidade, conteúdo. Entretanto um dos valores que admiro muito é a humildade. E isso ela não é, nem um pouco. Por isto, nesta copa, perdeu um telespectador, pouco? Sim um é pouco. Mas tenho a certeza que mais pessoas aderiram esta campanha que circulou na internet. Eu torço pelo Brasil, eu tenho a certeza do título, mesmo que me frustre pelo caminho, não hesito nem uma vez em afirmar que seremos HEXA! Nós somos maiores que qualquer emissora, que qualquer poder, o Brasil é mais forte. Boa Copa para todos!