sábado, 28 de agosto de 2010

Tudo de novo e quase nada novo 2.0

Democracia. Esse era o tema que, mais ou menos uns quatro meses atrás, uma pessoa me pediu para “dar uma idéia”, uma opinião, para ela escrever um texto. Prontamente o fiz, escrevi em alguns minutos uma síntese do meu pensamento sobre a democracia atual, uma pena ter-se extraviado esse fragmento, nem que fosse pra me ajudar a colocar em ordem as palavras deste, que começo a escrever agora.

Em resumo, minha opinião baseia-se na idéia de que a nossa democracia é muito restrita para ser chamada de democracia, a representatividade, que aprendemos na escola, nos deixa um tanto quanto alienados, não por culpa nossa, ou só nossa, mas principalmente pelos tais representantes e seus partidos. Que insistem em mostrarem-se diferentes uns dos outros, prometendo melhorias que o outro candidato parece incapaz de realizar. Infelizmente isso nos envolve. Ficamos cegos contra, ou a favor de tal candidato/partido, quantas vezes ouvimos “Nunca vou votar no fulano!”, ou o bom e velho “Deus o livre eu votar em sicrano!”. Entretanto, esse olhar, esse pensamento não passa de mera ilusão, ou “cegueira”, alienação é a palavra mais correta. Todos os candidatos têm a capacidade de fazer um bom trabalho, é claro que tem a situação das classes, em que umas se sentem mais beneficiadas por um candidato ou por outro, isso é uma realidade, mas mesmo assim, nos temos dentro de nós um lado “partidário” bastante forte, mesmo não tendo ligação com partido algum, e nem ganhando nada com isso. Uma prova desse pensamento alienado é o exemplo que segue: quem de nós votaria num destes chamados “loucos”, de um partido de pouca expressão, que tivesse uma idéia totalmente radical, como a independência do Rio Grande. São poucos. Mesmo admitindo que quase todos os rio-grandenses gostariam da (ou ao menos um dia já pensaram na) emancipação do nosso pampa.

O mais incrível nisso tudo, é que mesmo admitindo que temos esse costume de democracia alienada, seguiremos com os nossos conceitos partidários, e iremos votar nos mesmos candidatos, repetiremos as mesmas frases. Eu sou jovem, não vivi nenhum outro período há não ser a nossa república presidencialista representativa. E às vezes me pergunto se não seria bom haver uma mudança, uma evolução na democracia. Talvez isso fosse a solução para a situação caótica de corrupção que presenciamos, e certamente para as que ainda não presenciamos. Enquanto isso, repito, vamos escolher bem os nossos representantes. Vamos nós, ao menos, fazer o nosso papel da melhor forma. Quem sabe isso seja um começo.

sábado, 21 de agosto de 2010

Sem dúvida é o sentimento mais nobre.

Sempre nos perguntamos como será a nossa convivência com nossos amigos de hoje no futuro. Essa semana marcou bastante esse assunto, podendo ter sido a semana mais marcante de toda a minha vida em relação às amizades. Primeiro, pelo reconhecimento de uma amizade que ficou pra trás, e, segundo pela reflexão que, em uma conversa, me fez entender, pelo menos um pouco sobre as nossas relações de amizade.

Quando uma amizade perde força - uso esse termo porque para mim uma amizade (verdadeira) nunca termina – perde porque as pessoas envolvidas não têm tanto contato, quanto existia antes: uma delas foi morar em outro lugar ou, simplesmente, os horários de encontro não batem mais como os de antes; ou perde força pela ocasião de um fato que marque o “fim” deste período de convivência. Na primeira ocasião a saudade nos dá um aperto no peito, com uma força três vezes maior do que a da própria amizade, e faz tomar conta de nós uma felicidade em cada possível reencontro, o que prova que nunca ninguém vai tomar o espaço daquele amigo em nosso coração, cada amigo tem um espaço só seu, mas a vida segue tranqüila, pelo fato de aparecerem novos amigos, e estes novos amigos, por mais que não substituam os antigos, completam a nossa necessidade de carinho e afeto, que só os amigos podem nos oferecer. Eles se somam aos antigos, estando, neste período somente mais presentes em nossas vidas.

Já o segundo caso, o segundo tipo de “fim”, falso também, entretanto é o que se assemelha mais com um final de fato. Isto por que realmente ocorre um fato crucial no relacionamento entre amigos, que faz com que um se magoe, de forma tamanha que mesmo o perdão mais verdadeiro não consiga recuperar o que foi perdido. O problema deste “fim” é a saudade misturada com o fato ocorrido, esse misto acaba sendo uma ferida que não cicatriza, a ferida é o “fim” da amizade, e a saudade é o dedo que coça até tirar a casca. Este caso infelizmente muito difícil de resolver, por mais que pareça um fim, não é. “A amizade é um amor que nunca morre.” – Mário Quintana.

Por fim, voltando ao segundo caso, me atrevo a complementar este “baita” pensamento: Vegeta, mas nunca morre. Tenho a certeza de que estas amizades que “vegetam”, nunca morreram, e nem morrerão. Elas estão apenas esperando um novo reencontro para seguirem adiante. Um grande e terno abraço aos meus amigos de hoje, de ontem e aos que ainda virão.

Dependência de Internet.

Todos conhecemos as vantagens e a importância da internet. Uma grande parcela da população brasileira utiliza desse meio para trabalhos, comunicação, lazer, entre outras utilidades um tanto quanto absurdas, que o computador ligado a internet pode oferecer.

O problema maior é que estamos cada vez mais ligados a essas utilidades, tornando-nos escravos do computador, da internet. Claro que não é fácil admitir este vício, mas simplesmente acreditamos não ser tão apegados. Com toda a certeza eu acreditava que só ficava com o computador ligado todo o dia, mesmo sem estar usando, para caso alguém que quisesse falar comigo pudesse assim fazer. Pensava isso até esta semana, quando fiquei em Santa Maria de domingo à noite até sexta ao meio dia sem conectar-me, sem poder falar com as pessoas que falava quase todo o dia através da internet. E - Meu Deus! – que situação e que sensação foi a de passar este tempo sem internet. Parecia faltar algo, andava de um lado para o outro, sem saber o que fazer, fiquei muito perdido, até no tempo. É impressionante a falta que nos faz a internet, claro que não para todos nós, mas para quem está acostumado a não perder o contato, ou quem está acostumado ao contato constante não consegue ficar muito tempo sem este instrumento.

A idéia é, se eu, e minha geração, que teve contato com o computador próximo aos 10 anos de idade, mais talvez, imaginem os filhos desta geração e os próximos, cada vez mais interligados, e dependentes da internet. É óbvio que eu não estou falando nenhuma novidade nesse texto, mas falo isso não para ser novidade e sim por simplesmente ter me assustado o fato de eu poder perceber e admitir este impulso. Eu “preciso” que estar ao computador, estar na internet todos os dias, este é o meu pensamento, eu “tenho”. Daqui pra frente vou reavaliar o meu tempo no frente do computador, e com certeza todos nós teremos muito trabalho com as futuras gerações de internautas.

Tudo de novo e quase nada novo.

Entramos de vez no período eleitoral. Comitês com placas enormes, santinhos, bandeiras e camisetas já começam a decorar nossa cidade. Um pouco mais de tempo e talvez tenham os comícios, talvez não, já que não temos tantos eleitores, se é que vocês em entendem, uma cidade como a nossa é muito mais vantajoso, para um candidato “maior” se fazer presente na Femasp soltando beijos, sorrisos e abraços para pessoas que nunca viu na vida, aproveitando a “reunião do pessoal”. O carro de som, com aquela música chata, que de tão chata acaba impregnando na nossa mente a ponto de cantarolarmos ela sem nem perceber, depois de algumas vezes passar pelo tal carro.

Mais adiante ainda, seremos “agraciados” com as visitas desses candidatos, e de tantos outros, os quais nunca ouvimos falar e que também nunca ouviram falar de São Pedro, mesmo assim estarão lá, para o almoço e para a janta, através da propaganda gratuita. Que só serve mesmo pra que os eleitores conheçam os candidatos os quais “não atingem 1%” (que as pesquisas sempre indicam), candidatos esses, com os propósitos mais absurdos que se possa imaginar, dos partidos mais estranhos e por sua vez, mais pobres, eles não conhecem marqueteiro e não se elegeram ainda para desviarem dinheiro para campanha, e se não fossem as propagandas gratuitas, no rádio e na televisão, eles não teriam como serem vistos.

Entretanto, o que mais preocupa não são estes pobres loucos sonhadores, que acreditam nas suas próprias loucuras e ainda tem esperança de se tornarem comandantes da nação, mas sim os que realmente têm essa chance. Candidatos sem carisma, sem vontade, sem capacidade, sem uma série de requisitos que deveriam ser básicos para alguém a ocupar um cargo importante dentro do nosso país. Claro que não são todos, mas o povo teima em eleger exatamente estes. Desde quando deputado tem que saber se faz chuva ou sol? Tem de entender de time de futebol?

Esperamos políticos que se elejam por suas capacidades e não por feitos que não os qualificam para estes cargos. Queremos políticos honestos, e que possam e QUEIRAM fazer o melhor, não mais sanguessugas, que nos sorriem na campanha para que nós o ajudemos a conseguir receber um bom salário nos próximos quatro anos. Política não é profissão, nem teatro, mas infelizmente, tudo parece mais uma peça, com cenário, grandes atores, que encarnam um personagem muito bem, e com um público que não deveria gostar do roteiro, mas mesmo assim aplaude de pé. Todo ano eleitoral a mesma coisa, a mesma peça, as mesmas interpretações, a única coisa de novo, é um ator ou outro, que está começando, no lugar, normalmente, daqueles que cansaram, por serem o que todos deveriam ser