O que seria do mundo sem as pequenas coisas, as pequenas porções, as menores porções. A maior prova, o maior exemplo de coletividade nós encontramos na própria natureza, na natureza involuntária, na natureza imóvel. Algumas dessas pequenas coisas nada seriam relevantes se não fosse o conjunto delas. O deserto e a praia, o rio e o mar, a plantação, a beleza do cabelo comprido da mulher, tudo isso não seria nada se não fosse pelo conjunto. Conjunto de grãos de areia, gotículas de água, um pequeno pé de soja, ou menor ainda, um grão, um fio de cabelo. A própria humanidade existe por conta de bilhões de seres humanos - Já imaginaram que sem graça seria o mundo se existissem dezenas de pessoas e só? – A vida: uma batida de coração dentre as milhares diárias que fazem nosso sangue percorrer todo o corpo. Pequena parte e importante.
Sem dúvida as pequenas coisas tem um valor inestimável, que passa despercebido por todos nós, temos essa visão do grande e valoroso e do pequeno e inútil. Visão errada. Podemos mostrar o erro dessa visão na própria história. Quantas revoluções obtiveram sucesso por conta da união dos “pequenos inúteis e sem valor” que resolveram mostrar que são importantes. Quem sabe, algumas tragédias, como tsunamis, tempestades de areia, e desabamentos de terra sejam revoluções desses pequenos, quem sabe essa é a forma de eles mostrarem que não estão sendo respeitados como deveriam.